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Quilombolas, indígenas e ribeirinhos trabalham com agroecologia no AP

G1 - http://g1.globo.com/
Autor: Fabiana Figueiredo
25 de Ago de 2015

Projeto mapeou mais de 70 famílias produzindo de maneira sustentável.
Pesquisadores participam de oficina para incentivar esse tipo de produção.

Mais de 70 famílias trabalham de forma agroecológica no Amapá, segundo a engenheira florestal Julia Stuchi, coordenadora do projeto InterAgindo, que valoriza pesquisas e práticas ligadas à produção sustentável e saudável. O relato da engenheira e de outros pesquisadores mostram o cenário da agroecologia no estado, durante uma oficina que acontece até quarta-feira (26), na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na Zona Sul de Macapá.

De acordo com a engenheira florestal as 70 famílias foram mapeadas durante a execução do projeto em 2014, que tinha a proposta de formar uma rede de agroecologia no estado. Também foram identificadas 500 pessoas e 40 instituições com interesse na área.

"Essas são as famílias que trabalham com agroecologia que conseguimos mapear. Existem muito mais. São famílias produtoras rurais quilombolas, assentados da reforma agrária, indígenas e ribeirinhos. Grande parte de produção cultiva o açaí, hortaliças, peixes pescados de forma mais ecológica, sistema agroflorestal, são todos tipos de produção alimentar com base na agroecologia", explicou Julia Stuchi.

A agroecologia está presente desde o tratamento de resíduos para criar adubo, até tecnologias mais avançadas na produção de hortaliças, sem utilização de venenos ou agrotóxicos, como explica o engenheiro agrônomo Wardsson Borges, do Núcleo de Estudos em Agroecologia (NEA) do estado.

"A agroecologia é entendida como uma ciência, um conjunto de práticas e um movimento. No Amapá, o Rurap [Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá] atende cerca de 600 famílias e muitas delas trabalham de forma agroecológica, e chegam até a vender alimentos para restaurantes", disse Borges.

A oficina é direcionada a funcionários da Embrapa no estado e o objetivo é mostrar a importância da agroecologia. A chefe do NEA do Pará, Tatiana Sá, está conduzindo o encontro, abordando assuntos relacionados à agricultura alternativa de forma mais sustentável. A programação encerra na quarta-feira com uma apresentação aberta de relatos de pesquisadores sobre a produção agroecológica no Amapá.

http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2015/08/quilombolas-indigenas-e-ri…

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