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29 de Set de 2010
A incidência de focos de queimada no Amazonas nos últimos seis anos vem reduzindo drasticamente, segundo série histórica levantada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) a partir do monitoramento feito por imagens de satélite na Amazônia. Na comparação entre os anos, no período de 1 de janeiro a 28 de setembro, a queda no número de queimadas foi de 4.444 em 2005 para 563 neste ano.
A diminuição, segundo os dados do órgão, tem sido gradativa. Em 2006, segundo o monitoramento de queimadas disponibilizado ontem pelo instituto, a quantidade de áreas com queimadas caiu 45%, ficando em 2.416. No ano seguinte, esse indicador chegou a 1.796 (menos 26%). Em 2008, o número de áreas degradadas pelo fogo, na maioria dos casos de forma criminosa, sofreu redução de 19%, caindo para 1.446 casos.
A maior queda foi verificada no ano passado, quando o Inpe registrou 619 focos, quantidade 57% menor que a contabilizada no ano anterior. Neste ano, segundo o acompanhamento feito pelo governo federal na Amazônia brasileira, o número de focos de queimadas está em 563, resultado 9% menor que o anotado nos nove primeiros meses de 2009.
A redução no número de queimadas no Estado, ainda que possa ser menor, já que o monitoramento por satélite não é 100% preciso devido a grande incidência de nuvens na região que prejudica o mapeamento, também foi verificado nos demais Estados da Amazônia brasileira, mesmo nos campeões em queimadas da floresta amazônica, como o Pará.
No mesmo período de comparação, entre 2005 e este ano, o Acre registrou queda na quantidade de queimadas de 4.442 casos para 159. No Amapá, esse dado foi de 160 para 8. No Pará, a redução foi de 33.314 focos em 2005 para 13.716 neste ano e, em Rondônia, a queda foi de 15.541 para 3.479.
No comparando dos nove primeiros meses de 2009 com os de 2010, por outro lado, a situação piorou no Acre, Pará e Rondônia. No primeiro, a quantidade de queimadas mapeadas pelo Inpe aumentou1448%, passando de 29 para 159. No segundo, o crescimento foi de 145%, de 5.581 para 13.716 casos. Em Rondônia, o aumento foi de 278%, de 919 para 3.479 focos de incêndio da floresta. Tanto em Rondônia quanto no Pará, a extração ilegal de madeira e a pecuária extensiva são as principais atividades que levam à destruição ambiental.
Alerta
Nesta semana, de terça-feira para o dia de ontem, o Inpe registrou um dado alarmante no Amazonas. No município de Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros ao norte de Manaus) o instituto registrou o terceiro maior número de focos de queimadas, com 371 casos. A frente de Presidente Figueiredo no ranking da destruição só os municípios de Costa Marques e Porto Velho, em Rondônia, com 422 e 599 focos de queimadas, respectivamente.
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