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Quebra-Cabeça Brasileiro

Carta Capital, p. 52
08 de Dez de 2004

Quebra-Cabeça Brasileiro

Foi uma gestação de dez anos. Desde a sua origem, o Instituto Socioambiental (ISA) planejava lançar uma publicação que pela primeira vez no Brasil reunisse e inter-relacionasse informações ambientais, econômicas, sociais e culturais do País. Somente agora, no décimo aniversário do instituto (que rejeita o rótulo de ONG), é que o livro vem à luz: chama-se Almanaque Brasil Socioambiental, tem 480 páginas, 12 capítulos temáticos, 75 verbetes e 12 ensaios fotográficos.
Carlos Alberto Ricardo, antropólogo e um dos fundadores do ISA, explica o porquê da demora em amadurecer a idéia e colocá-la em prática. "Depois que a gente parte para a abrangência, fica difícil resumir a ópera"; diz. 0 instituto nasceu com o espírito de inserir as questões ambientais nas demais discussões brasileiras, e abriu o foco.
Assim, Ricardo se espanta quando, por exemplo, lê na imprensa uma reportagem que faz a apologia do agronegócio e na página seguinte defende a diversidade cultural brasileira.
"É uma esquizofrenia que vemos com freqüência na opinião pública. Como enaltecer uma atividade com base na monocultura e querer ao mesmo tempo que o Brasil preserve sua variedade cultural?"; questiona.
A idéia é atualizar o almanaque a cada três anos e, nesse intervalo, lançar uma avaliação periódica de indicadores socioambientais brasileiros, que ainda terão de ser criados.
A tiragem inicial é de 18.500, sendo que 5 mil exemplares serão doados para as bibliotecas das escolas públicas. O ISA teve apoio da Lei Rouanet e recebeu patrocínio da AES Eletropaulo. O livro custa R$ 30.
amalia@cartacapital.com.br

Rede. A publicação é pioneira em inter-relacionar dados sociais, ambientais, econômicos e culturais

Carta Capital, 08/12/2004, p. 52

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