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Quadrilha que roubava mogno de área indígenas é capturada no Pará

A Crítica-Manaus-AM
16 de Nov de 2001

A polícia do Pará desbaratou ontem, na Fazenda Tiborna, a 200 quilômetros de São Félix do Xingu, no sul do Estado, uma quadrilha de pistoleiros que trabalhava para madeireiros da região, roubando mogno de áreas indígenas. Seis homens foram presos e levados para a penitenciária de segurança máxima de Marabá.
Mais de 40 armas, entre rifles e escopetas de origem americana, foram apreendidas pelos policiais. Em poder do bando foram encontrados rádios transmissores, que eram usados para manter contatos com aviões que desciam numa pista de pouso da fazenda.
O delegado Aurélio Paiva, da Divisão de Investigações e Operações Especiais da Polícia Civil, contou que os policiais foram recebidos a bala pelos pistoleiros, escondidos na mata. "Felizmente ninguém saiu ferido", disse Paiva.
Com apenas 18 anos, o pistoleiro Antônio Carlos Alves Feitosa, o Carlinhos, é o chefe do bando. Ele é oriundo da família Marciano, de Redenção, acusada de estar envolvida em crimes de pistolagem. O capitão Antonio Dantas, da PM de Redenção, disse que Carlinhos é um homem extremamente perigoso. "É um matador profissional, que eliminou recentemente outro pistoleiro em um duelo na cidade".
Os madeireiros que financiam o crime organizado na região estão sendo investigados pela polícia e serão denunciados à Justiça. A fazenda onde os pistoleiros foram presos seria de Laudelino Raniman, a quem pertence a Madeireira Pau D'Arco. Ele disse que sua propriedade foi invadida pelos bandidos, que aterrorizavam os moradores da região que se opunham ao roubo de mogno.

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