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Protesto fecha trânsito na Transamazônica

O Liberal-Belém-PA
21 de Ago de 2003

Duas mil pessoas fecharam a rodovia BR-230 (Transamazônica), a três quilômetros de Altamira, ontem pela manhã, para reivindicar do governo federal o asfaltamento desta via e da rodovia BR-163 (Santarém-Cuiabá) e a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. O protesto, que teve como tema "A Transamazônica também é Brasil", foi organizado por associações de moradores e prefeituras municipais de Altamira e municípios vizinhos, dado o estado de abandono da rodovia, informou o prefeito de Brasil Novo, Antônio Lorenzoni.

O movimento na Transamazônica terminou por volta das 16 horas com a promessa de que uma comissão de prefeitos do oeste paraense seria recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação começou por voltas das 8 horas e mobilizou de 1.500 a 2 mil pessoas, que se concentraram atrás de uma carreta ao longo da rodovia. Também houve manisfestação na estrada para o aeroporto de Altamira, cujo acesso ficou fechado das 6 às 10 horas. "Foi um protesto contra o não asfaltamento da Transamazônica e também pela construção da barragem de Belo Monte, que foi prometido pelo governo federal, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso e até o momento não ocorreu nada", afirmou Lorenzoni.

O prefeito destacou que as promessas geraram expectativa na população local e em migrantes, interessados, sobretudo, em trabalhar nas obras da construção da barragem.

Segundo o prefeito, havia firmas trabalhando na Transamazônica até o começo da atual gestão federal, quando, então, abandonaram o local. Essas empreiteiras chegaram a asfaltar dez quilômetros de um lado e dez quilômetros de outro da estrada em Pacajá. O mesmo ocorreu em Anapu, onde um trecho de cerca de 20 quilômetros foi asfaltados no sentido Altamira-Marabá. Outros 15 quilômetros da estrada receberam serviços de terraplenagem entre Anapu e Vitória do Xingu e de 15 a 20 quilômetros entre Pacajá e Anapu.

O protesto dos moradores de municípios cortados pela Transamazônica foi observado por patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar de Altamira e soldados do 51o BIS/Exército de Altamira. Não foi registrado nenhum incidente durante a manifestação, até próximo do final da tarde. A Transamazônica corta 14 municípios paraenses.

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