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Projetos para Roraima só nos próximos 60 dias

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
04 de Jul de 2001

O professor Lincoln Campos, superintendente do Instituto Superior de Administração e Economia (Isae), da Fundação Getúlio Vargas, também falará esta tarde no Seminário Calha Norte. O estudo feito pela entidade é voltado para a definição de subsídios com vistas ao desenvolvimento da Amazônia Setentrional, área do Calha Norte.
De acordo com seu entendimento, esta é uma região precariamente ocupada, mas com grande potencial econômico que precisa passar por esforços de ocupação ordenada, seletiva, inclusive para que a questão ambiental seja melhor trabalhada. Além desse estudo, o Isae fez uma série de planos de desenvolvimento local, integrado e sustentado, para uma região piloto do Alto Solimões, na fronteira do Brasil com a Colômbia.
Os estudos detalham necessidades dos municípios, potencialidades disponíveis e, a partir daí, definem projetos prioritários que devem ser implantados. "São perfis de uma missão de futuro coerente com as necessidades e potencialidades de cada município, já constando os possíveis parceiros financiadores destes projetos".
De acordo com Lincoln, é um plano de desenvolvimento na forma de agenda executiva, que prefeitos, secretários e lideranças comunitárias podem usar como base de argumentação junto às instituições que podem colaborar com o financiamento dos projetos.
Para ele, através de políticas coerentes de ocupação, será possível a Amazônia manter em equilíbrio as questões que envolvem desenvolvimento e preservação. "O estudo propõe ocupação seletiva que seja concentrada em algumas áreas e desconcentradas do ponto de vista da região como um todo. Isso reduz os impactos ambientais e permitirá a internalização das soluções tecnológicas adequadas para aproveitamento das riquezas da região", disse.
RORAIMA - O superintendente do Isae disse que os estudos sobre Roraima não estão concluídos. Adiantou que o Estado tem grande potencial dentro da Amazônia Setentrional pela sua localização geográfica e pelas condições de seus recursos naturais. "Existem restrições sérias que devem ser trabalhadas de forma adequada, como a convivência com as áreas de preservação e indígenas".
Quanto às potencialidades de Roraima, achou mais prudente esperar a conclusão dos estudos nos próximos 60 dias, quando seria possível apresentar um quadro mais bem delineado.
"Procuramos captar as principais áreas de importância para o desenvolvimento e o fazemos de forma sistêmica, integrando todas as áreas. Trabalhamos com quatro áreas envolvendo a infra-estrutura econômica, física, institucional e procurando definir as necessidades de cada município e os projetos que podem supri-las da forma mais integrada possível. Inserindo na visão da região, o desenvolvimento da Amazônia Setentrional como um todo", observou Lincoln Campos

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