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Projeto quer Arie no Pici

O Povo - http://www.opovo.com.br/
07 de Jun de 2013

De longe, é visível o lixo às margens do açude Santo Anastácio, no campus do Pici da Universidade Federal do Ceará (UFC). Entre os alunos, o local é conhecido pela poluição. No entanto, a área no entorno do açude tem um ecossistema que, segundo o biólogo Marcelo Freire Moro, é remanescente de uma vegetação que já quase não existe na Capital. Segundo a Divisão de Zeladoria e Serviços Urbanos (Diurb) da instituição, a última limpeza do açude ocorreu no mês de maio, mas não há uma periodicidade definida. O serviço é feito por empresa terceirizada.

Estudantes, professores e o pesquisador defendem que a região do açude e de seu entorno seja reconhecida pela Prefeitura de Fortaleza como uma Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) para que haja preservação e manutenção do local. Moro critica: "Em Fortaleza, quase não existe preservação das áreas verdes".

Desde junho de 2011, tramita na Câmara Municipal uma matéria, de autoria do vereador João Alfredo (PSol), com a proposta de criação da Arie no Pici. Segundo o autor do projeto, atualmente, o processo está na Comissão de Legislação e, em seguida, deve passar pela Comissão de Meio Ambiente.

Vegetação original

O texto do projeto de lei no 0195/2011 aponta como um dos objetivos da criação da Arie a preservação de espécimes de flora e fauna presentes no açude de Santo Anastácio. A vegetação, também conhecida como Matinha do Pici, é considerada um dos poucos resquícios da flora original da Capital.

Segundo Marcelo Moro, a vegetação no entorno do açude Santo Anastácio é uma das últimas áreas da Capital que tem a chamada mata de tabuleiro. "Restaram menos de 10% dos fragmentos naturais da biodiversidade da cidade", aponta o biólogo.

A vegetação tem características de transição entre o litoral e o sertão. Ainda segundo Marcelo, com a criação da Arie, uma unidade de conservação iria pressionar o município a voltar mais atenção às questões que envolvem limpeza e preservação dos cerca de 20 hectares que giram em torno do açude.

ENTENDA A NOTÍCIA

O projeto de lei no 0195/2011 aponta como um dos objetivos da criação da Arie a preservação de espécimes de flora e fauna presentes no açude de Santo Anastácio, no campus do Pici, na Universidade federal do Ceará.

Saiba mais

O que diz o projeto de lei
O artigo 4o do projeto de lei prevê a proibição de usos, ocupações e atividades que impliquem impermeabilização do solo ou qualquer outro procedimento que prejudique de modo significativo a permeabilidade do solo ou a rede de drenagem superficial; o desmatamento ou alteração das características naturais da matinha do Pici; riscos ou ameaças a espécies de biota localmente raras e alteração da harmonia da paisagem natural.

http://www.opovo.com.br/app/opovo/cotidiano/2013/06/07/noticiasjornalco…

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