PT SUL - http://www.ptsul.com.br
Autor: Neiva Alves
10 de Ago de 2010
Foi aprovado hoje na Assembléia Legislativa do RS, por 41 votos favoráveis e nenhum contrário, o projeto de lei n. 340 /2009, de autoria da deputada Marisa Formolo (PT), que institui o Dia Estadual da Consciência Indígena no Estado. A data escolhida para marcar este dia no calendário de comemorações do RS foi 7 de fevereiro, quando Sepé Tiaraju, herói Guarani, agora Herói da Pátria, sancionado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se entregou em 1756 para defender o território riograndense e por isso foi assassinado.
A deputada disse que "apesar do tempo, Sepé vive intensamente na memória dos líderes Guarani de hoje, de modo especial, na memória dos mais velhos, na memória dos Karaí. e do povo nativo do estado. Ele continua presente de maneira simbólica nos corações dos lutadores do povo, na resistência histórica de todos aqueles que sonham em construir uma Terra Sem Males que foi a utopia do Povo Guarani Missioneiro, baseada numa economia eminentemente solidária".
Com a definição desta data, a parlamentar também pretende ensejar maior debate e estudo em torno da cultura indígena do RS, onde vivem três povos indígenas. Os Kaingang, os Guarani e os Charrua. Somam uma população de mais de 30 mil pessoas, sendo que muitas comunidades estão localizadas próximas da capital do Estado e uma numerosa população vive dentro das cidades.
Outro aspecto que Marisa buscar fomentar com este projeto é o debate sobre a miséria e concentração de terras no Rio Grande do Sul. "A base da formação genética do povo gaúcho se deve ao povo nativo de nosso estado e ainda devemos muito em agradecimento a esta importante e decisiva porção genética formadora do povo rio-grandense. Boa parte dos pobres do nosso Estado de hoje são descendentes dos indígenas nativos do estado, branquianizados por força de lei, ou são descendentes dos negros que vieram cumprir o papel escravo nas estâncias e charqueadas. Depois de dois séculos e meio os povos indígenas, que são o Povo Raiz do Rio Grande do Sul, continuam sofrendo por falta de terra e pela ausência de políticas públicas que lhes assegurem dignidade".
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.