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Programa Pantanal contempla aldeias

Correio do Estado-Campo Grande-MS
Autor: Ico Victório
11 de Abr de 2002

A chegada do Programa Pantanal pode se constituir na mais importante "missão" em favor dos índios e, se não mudar o seu modo de vida, ao menos vai amenizar impacto da invasão do homem branco em suas terras e na sua cultura.

Não se tem notícias de uma outra intervenção em favor dos indígenas dessa grandeza. "O Governo do Estado está oferecendo suporte para encaminhar as discussões que, com toda a certeza, deverão melhorar a qualidade de vida dessas nações indígenas e torná-las auto-sustentáveis", explica o secretário de Meio Ambiente, Cultura e Turismo, Márcio Portocarrero.

Estima-se que as ações do programa deverão beneficiar pelo menos 19 mil índios em 38 comunidades de 14 terras indígenas localizadas na Bacia do Alto Paraguai (BAP).

Estão inseridas na "Agenda Indígena" as aldeias Aldeinha, Bálsamo, Buriti, Cachoeirinha, Lalima, Limão Verde, Nioaque, Pilad Rebuá e Taunay Ipegue. Todas da etnia terena.

Mais além, o programa servirá também às comunidades das terras indígenas pirakuá, ñaderu marangatu e comunidade kokuê'i, da etnia kaiowá; terra indígena kadiwéu - etnia kadiwéu; e terra indígena guató ilha ínsua - etnia guató. A Agenda Indígena foi incluída no programa depois de o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ter aprovado o primeiro original, que deixou fora os índios do Pantanal. Como os técnicos não imaginavam aldeias na região, foi preciso intervenção da Funai para demover a instituição a contemplá-los com recursos.

Logo depois, em outubro de 1998, foi realizada a primeira conferência do Programa Pantanal em Aquidauana. Na ocasião foi criado o Comitê de Monitoramento, com 21 integrantes e mais uma comissão de caciques. Eles terão a missão de acompanhar todas as ações constantes na Agenda Indígena, onde serão investidos US$ 4 milhões.

Encontro

No próximo dia 23, técnicos do Programa Pantanal no Estado e as lideranças indígenas estarão debatendo e elegendo as primeiras ações concretas na Aldeia Lalima. "É nossa primeira reunião e vamos começar a concretizar a Agenda Indígena", garante Márcio Portocarrero.

Ecoturismo

O Governo do Estado aposta nas ações do Programa Pantanal para tirar contingente da miséria urbana e devolvê-lo para o seu hábitat natural. Uma das saídas apontadas é investir no Ecoturismo. As aldeias têm potencial paisagístico e podem produzir artesanato e criar meios, através de investimentos em cursos e treinamentos direcionados para os índios, sem, contudo, esquecer o resgate de sua cultura.

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