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Professor indígena tem aula na aldeia

Estadão do Norte-Boa Vista-RR
18 de Jun de 2004

O governo do Estado está realizando uma outra etapa na formação de professores indígenas. Dessa vez as aulas estão sendo ministradas nas ladeias, em forma de estágio supervisionado e na elaboração do projeto político-pedagógico. As aulas começaram no começo da semana com práticas de ensino com enfoque nos temas citados, com direito a um seminário de avaliação dos professores indígena e diagnóstico sócio-linguistico. O trabalho vai durar 4 semanas, com a presença dos professores orientadores nas aldeias cumprindo carga horária necessária para execução do curso.
Atualmente o Estado tem 67 escolas indígenas, com um total de 2.918 alunos matriculados no ensino fundamental, sendo que apenas 4 estão sob administração dos municípios. O trabalho docente é realizado pelos próprios índios, que encamparam a busca pela formação em magistério e foram agraciados com o projeto Açaí, de magistério indígena.
Além de possibilitar a educação adequada para os povos indígenas, o governo do Estado através da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), proporcionou uma profissão e um contrato emergencial para os educadores. O processo de educação indígena no Estado tem mais de 150 professores indígenas contratados em regime emergencial, dos quais 126 fazem o curso de magistério através do Açaí.
Neste contexto, 32 etnias e 26 línguas indígenas estão representadas, são comunidades que vão desde agrupamentos humanos fragmentados de menos de umas dezenas de indivíduos, como os Karipuna, até comunidades de mais de mil indivíduos como os povos Oro Wari.
Segundo o secretário de Estado da Educação César Licório o governo pretende promover a educação indígena do Estado e fortalecer a ações que garantam uma educação especifica, diferenciada, intercultural, bilíngüe e multilingüe para as populações indígenas.

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