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Produtos de povos tradicionais da Amazônia ganham selo Origens Brasil

Portal Amazônia - http://portalamazonia.com/noticias
03 de Abr de 2016

Produtos de povos tradicionais da Amazônia ganham selo Origens Brasil
Iniciativa é usada no corredor ecológico do Xingu e pretende se expandir para todo os povos tradicionais e indígenas da Amazônia

MANAUS - É possível distinguir produtos comuns daqueles produzidos por comunidades tradicionais que não impactam a floresta? Agora, sim já é possível por meio de uma iniciativa do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e o Instituto Socioambiental (ISA) que criou o selo Origens Brasil.
O selo estará presente nas embalagens e já com a versão com QR Code. O código remete o consumidor a uma página na internet que detalha a origem da matéria-prima, quem são os produtores (nome, idade, fotografia), a cultura dos povos e o Território de origem.
Os primeiros a utilizarem essa tecnologia são os povos oriundos do Território do Xingu. A escolha deu-se pela dimensão e importância do Território. O corredor do Xingu tem 26 milhões de hectares de áreas protegidas, que vão do Mato Grosso ao Pará, que atravessas os biomas Amazônia e Cerrado e onde vivem populações extrativistas e povos indígenas que falam 27 idiomas.
Isso demandou inúmeros treinamentos, iniciados em 2014, tanto das populações do Xingu quanto das instituições de apoio para se cadastrarem e operarem a plataforma, concebida para ser colaborativa e da qual todos os elos da cadeia têm acesso.
Resposta do mercado
O principal objetivo é fazer com que todo o mercado de produtos que tenham baixo impacto ambiental sejam percebidos pelos consumidores. A iniciativa conseguiu fazer com que grandes cadeias como Rede Pão de Açúcar (Programa Caras do Brasil), da Firmenich (aromas e fragrâncias) e da Mercur (borracha) aderissem ao selo.
A partir disso, parcerias comerciais diferenciadas no território são promovidas; o que significa garantia de compra, contratos de longo prazo, transferência de tecnologia, pagamento de preço justo, redução de atravessadores e negociação direta com as populações do Xingu.

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