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Produtores querem manter a terra e evitar conflito sangrento

Correio do Estado - www.correiodoestado.com.br/
Autor: Edilson Oliveira
29 de Jul de 2008

O diretor de meio-ambiente e assuntos indígenas da Famasul, Josuel Quintino, afirmou que se cumpridos os propósitos de identificação, demarcação e homologação de mais 39 área indígenas, na região do Cone Sul, o impacto econômico causado pelo Termo de Ajuste de Conduta assinado entre o Ministério Público Federal e pela Funai, deve ser superior a R$ 10 milhões por safra agrícola, com gestão sobre 1,87 milhões de hectares de terras de 26 municípios. A extensão de terras e as fazendas a ser vistoriadas não são divulgadas com precisão pela Funai.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Naviraí, Luiz Miguel Viero, "os produtores do Mato Grosso do Sul tem que se mobilizar para que aqui não haja a repetição dos fatos acontecidos em Roraima, onde um terço da área do Estado vai se transformar em área indígena".

Josuel diz que é "injusto esperar produtores rurais de tradições na produção, alguns de famílias centenárias, que montaram estruturas produtivas, e depois terão que a entrega de terras para indígenas". Ele relembrou que na área do Panambizinho, no município de Dourados, os produtores assentados pelo ex-presidente Getúlio Vargas, "após o decreto do ex-ministro Nelson Jobim, assinado com a ajuda das costas de um índio, tiveram que ser reassentados, em uma área menos produtiva, em Juti, e tudo o que construíram, inclusive as casas que deixaram, hoje é um exemplo do que pode acontecer, com depredação e mal gerenciamento da terra, que está se tornando improdutiva".

Dácio disse que em cada município, os sindicatos rurais e prefeituras terão que analisar quais são os melhores mecanismos de defesa contra as demarcações, que a Funai declara que serão irreversíveis. Advogados dos produtores rurais falam em ações como mandados de segurança, e a Famasul sugere abaixos-assinados e gestões políticas para evitar que "no futuro possa haver confrontos sangrentos".

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