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Produção de grãos pode se expandir sem a Amazônia

GM, Agronegocio, p. A1, B13
28 de Set de 2005

Produção de grãos pode se expandir sem a Amazônia

O Brasil não precisa das áreas da Amazônia para aumentar a produção de grãos. Para o presidente mundial da Bunge, Alberto Weisser, a superfície disponível hoje e áreas já degradadas ou desmatadas seriam suficientes para o cultivo brasileiro. Pensando nisso, a empresa investe na recuperação do cerrado - uma das grandes ações da Bunge na área de responsabilidade social. Enquanto a Fundação Bunge, instituição que abrange os projetos sociais da empresa, gastou R$ 4 milhões em ações no ano passado, apenas no programa do cerrado investiu R$ 3 milhões.
Uma parceria com a organização não-governamental Conservação Internacional já delimitou uma área de 130 mil hectares na divisa de Goiás com Mato Grosso do Sul - no entorno do Parque Nacional das Emas - para a conservação. A empresa auxilia os produtores a cumprirem a legislação ambiental, que exige área de preservação. No município de Costa Rica (MS), a Bunge e a ong criaram viveiros de plantas nativas para refazer as áreas de preservação. Outra região de cerrado, no Piauí, Maranhão e Tocantins - Corredor Uruçuí-Mirador - também está recebendo ações da empresa.
"Não faz sentido desmatar a Amazônia para plantar soja. Não existe nem logística para isso", argumenta Weisser. Segundo ele, os custos de escoamento dessa produção não compensariam o investimento no plantio em áreas da Amazônia. Por isso, a empresa não tem planos em investir na região - nem em projetos educacionais ou ambientais. "Nossa área de atuação é o cerrado", afirma.
Todos os trabalhos de responsabilidade social da Bunge são operados pela Fundação Bunge. A instituição tem cinco programas, na área de educação, meio-ambiente e saúde que, no ano passado, atendeu 30 mil pessoas. "Qualquer mudança passa pela educação", diz Weisser. Para atuar, a fundação conta com a colaboração de 750 funcionários, que têm dispensa de duas horas semanais para trabalhos voluntários, em oito estados brasileiros onde a empresa atua.
Além disso, segundo Weisser, ao investir em rodovias e construção de silos, a empresa reduz seus custos com logística. Desse modo, pode pagar mais para o produtor e o custo final da alimentação tende a cair. "Indiretamente contribuímos também para o combate à fome", diz Weisser.
Na noite de segunda-feira, ao comemorar os 50 anos da Fundação Bunge, a instituição premiou oito personalidades brasileiras das áreas do agronegócio, física, literatura e educação.

GM, 28/09/2005, Agronegocio, p. A1, B13

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