VOLTAR

Produção de biodiesel em alta escala terá incentivos

OESP, Economia, p. B10
11 de Ago de 2004

Produção de biodiesel em alta escala terá incentivos
Dilma anuncia que governo vai lançar a regulamentação em novembro

Jander Ramon

O governo federal lançará em novembro a regulamentação para a produção em alta escala de biodiesel. O anúncio foi feito ontem pela ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, no no seminário Metas do Milênio - O ABC Pensa o Futuro, em São Bernardo do Campo.
Hoje, Dilma estará reunida com produtores de óleo vegetal para discutir a formulação do programa. "Essa reunião faz parte do processo de definição, para o final de novembro, do marco regulatório do setor de biodiesel."
Segundo a ministra, o programa do biodiesel exigirá uma "política determinada, que vai contemplar aspectos financeiros, tributários e também socioambientais". Em princípio, estão sendo analisados os óleos produzidos a partir de palma, mamona, babaçu e soja. Entre as linhas já preestabelecidas, Dilma antecipou que a mistura do biodiesel (vegetal) ao diesel (mineral) será de 2%, em 2005, e, progressivamente, atingirá 5%, em 2009.
Além disso, simultaneamente, o governo vai estimular a criação de uma frota dedicada, formada por veículos 100% movidos a biodiesel. "Isso vai facilitar a incorporação do hábito para se ter frotas inteiramente a biocombustível", disse Dilma, informando que o objetivo do governo é de implementar a nova tecnologia especialmente em regiões urbanas.
A ministra destacou ainda o aspecto social do programa, pois principalmente a mamona pode ser cultivada em regiões de seca, como o semi-árido nordestino, e a intenção do governo é proporcionar geração de renda para pequenos agricultores. "Esse desenvolvimento da mamona pode permitir que um processo de geração ambientalmente correto de combustível renovável também reverta por um processo de inclusão social."

OESP, 11/08/2004, Economia, p. B10

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.