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Príncipe Charles chega terça à Ilha do Bananal

Jornal do Tocantins-Palmas-TO
Autor: Jorge Gouveia
04 de Mar de 2002

Em sua visita ao Tocantins, ele vai inaugurar a Unidade Ambiental dos Quelônios da Amazônia

O diretor do projeto Seqüestro de Carbono, Divaldo Rezende, recebe na terça-feira o príncipe de Gales, Charles Philip, que inaugurará a Unidade Demonstrativa de Educação Ambiental dos Quelônios da Amazônia, com sede na Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do planeta, região Sudoeste do Tocantins. Antes, o príncipe será recebido em Palmas pelo governador Siqueira Campos. O Príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, chega ao Brasil amanhã para uma visita oficial de dois dias que inclui as cidades de Brasília e Rio de Janeiro e o Estado do Tocantins. (Veja quadro)

Rezende, que recebe ajuda técnica e financeira no trabalho que executa na Ilha do Bananal, explica que o principal objetivo do projeto é implementar um sistema inovador e sustentável para equilibrar as emissões de gases causadores do efeito estufa através do seqüestro de carbono, compatível com a realidade da Ilha. O diretor do projeto, acrescenta ainda que na região está sendo desenvolvido o um conceito inovador do "Carbono Social", que é o Instituto Ecológica atuando nos municípios do entorno da ilha, através da criação de planos auto sustentáveis, como a instalação de viveiros de plantas e fábricas de doces de frutas regionais. Segundo Rezende, as pessoas que estariam em muitos casos provocando desmatamentos e queimadas estão envolvidas diretamente nesses projetos, onde recebem também a educação ambiental.

Protocolo
Através da assinatura do Protocolo de Kioto, uma idéia levantada pelo governo brasileiro, apresentou três pontos básicos. No primeiro, os países desenvolvidos (menos os Estados Unidos, que ainda não assinaram o protocolo) se comprometeram formalmente a reduzir suas emissões de gases poluentes para 5% abaixo dos níveis de 1990, até 2008-2010. O que significaria uma redução de milhões de toneladas do Dióxido de Carbono que são emitidas por ano. O segundo ponto seria o conceito de comercialização internacional dos créditos. Isso significa que os países ou empresas que conseguirem reduzir suas taxas de emissão para abaixo da meta prestabelecida poderão vender esses créditos para outros países emissores.

Um terceiro aspecto deste acordo, segundo os ambientalistas e economistas que participaram da assinatura do acordo, diz respeito aos métodos utilizados para baixar a emissão dos gases poluentes, que seria a melhoria de eficiência na utilização e transmissão de energia, processos industriais e transportes. Ou seja, substituindo combustíveis muito poluentes como carvão mineral ou diesel por outros menos ricos em carbono, como exemplo gás natural, biocombustíveis renováveis como etanol ou mesmo a biomassa vegetal. Outros métodos menos poluentes seria a utilização maior de fontes de energia limpa como a solar hidroelétrica ou eólica (ventos).

Vale lembrar que tonelada de CO2 não emitida está valendo atualmente US$ 5.00 (cinco dólares) número que vai subir para US$ 20.00 em 2005, aumentando 10% ao ano até chegar a US$ 75.00 em 2020.

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