Estadão do Norte-Porto Velho-RO
27 de Abr de 2004
Uma operação conjunta, desencadeada por equipes de fiscalização do Ibama e da Funai, culminou com a prisão de vários grileiros de terras, no Parque Nacional Pacáas Novo e na Área Indígena Uru-Eu-Wau-Wau. Os invasores foram flagrados quando demarcavam os lotes que dizem ter comprado ilegalmente, por R$ 50,00, de uma associação de São Miguel do Guaporé.
Segundo o coordenador de Fiscalização da Funai, em Ji-Paraná, Abrhão Negreiros Tejas, os grileiros desmataram uma extensa área no prolongamento da Linha 82, "sob o pretexto de tratar-se de sobra de terras, quando, na verdade, a área é demarcada e homologada pelo Governo Federal" - até porque é uma área de preservação permanente e terras indígenas.
Na Delegacia de Polícia Civil de São Miguel do Guaporé, para onde foram presos e autuados em flagrante delito, por crime ambiental, os grileiros foram identificados como membros de uma quadrilha especializada em invadir e lotear terras indígenas e áreas de preservação permanente.
Depois de configurado o flagrante, o delegado de Polícia Civil de São Miguel do Guaporé indicou o chefe do Parque Nacional do Pacáas Novos, Rogério Vargas, para realizar perícia, a fim de materializar oficialmente o crime ambiental praticado pela quadrilha de grileiros, uma vez que houve um extenso desmatamento indiscriminado, "para assentamentos indevidos de colonos". (Cláudio Paiva)
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