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Presidente Dilma garante que vai resolver impasse no Linhão de Tucuruí

Folha de Boa Vista (Boa Vista - RR) - www.folhabv.com.br
23 de Nov de 2015

Em audiência hoje (23) à tarde, em Brasília, com a presidente Dilma Rousseff (PT), a governadora de Roraima, Suely Campos (PP), recebeu a promessa da chefe de estado de que vai resolver "o quanto antes a liberação da obra de construção do Linhão de Tucuruí, entre Manaus e Boa Vista".

Houve ainda a garantia de que o Governo Federal vai concretizar o repasse das terras da União para Roraima e que também vai promover acordo diplomático com a Venezuela, para que o Brasil possa utilizar docas em porto de mar do país vizinho.

As três reivindicações foram apresentadas nesta segunda-feira, 23, pela governadora durante audiência com a presidente, no Palácio do Planalto, em Brasília. A senadora Ângela Portela (PT) e a secretária-Chefe da Casa Civil, Danielle Araújo, participaram da reunião.

"A presidenta nos recebeu muito bem, e disse que vai solucionar os problemas do nosso Estado, por entender que não podemos mais ser privados de energia elétrica de qualidade nem das nossas terras", comemorou a governadora Suely.

Os três assuntos já haviam sido abordados pela governadora anteriormente durante encontro de governadores realizado no mês de julho e em visita da presidente a Roraima, onde Dilma sinalizou estar sensível à causa roraimense. Suely Campos também entregou uma carta onde os outros oito governadores endossam a solicitação da governadora de Roraima. O documento foi assinado na última sexta-feira, dia 20, durante o 12o Fórum de Governadores da Amazônia Legal, em Belém.

A principal demanda era o pedido para a continuação da obra de construção do Linhão do Tucuruí, por meio do qual Roraima será integrado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), deixando de depender da energia de Guri, da Venezuela, que gradativamente vem reduzindo o fornecimento que já se torna insuficiente para atender ao Estado.

A obra já deveria ter sido concluída, mas aguarda autorização para passar pela reserva indígena Waimiri Atroari. A governadora defende a construção na faixa de domínio da BR-174. "O linhão passará em torres cuja altura excede a copa das árvores e o uso de tecnologia irá minimizar o emprego de mão de obra, portanto, os impactos ambientais a à cultura indígena serão mínimos", explicou.

Outro pedido feito pela governadora afeta diretamente os produtores roraimenses das áreas de lavrado. Suely pediu que seja revisto o decreto que transfere para Roraima as terras pertencentes à União, para exclusão da exigência de criação da Unidade de Conservação lavrados, considerando que 55% dos lavrados roraimenses já estão preservados nas terras indígenas São Marcos e Raposa Serra do Sol. Caso essa unidade de conservação dos lavrados seja inevitável, a governadora propõe a implantação nos Campos do Maruai ou no sítio arqueológico da Pedra Pintada, ambos na Terra Indígena São Marcos. "Esta é a solução para impedir que mais uma vez produtores sejam penalizados no nosso Estado", disse.

Neste ano, o governo avançou nas tratativas com a União para atender ao decreto e já cumpriu mais de 90% das condicionantes. Contudo, esbarra na amarra que é a possibilidade da criação de mais esta unidade de conservação. O ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), por exemplo, já foi convencido da inviabilidade da proposta de criação dessa unidade na Serra da Lua e no Tucano, duas áreas extremamente produtivas, com posses centenárias, onde, inclusive, se estabeleceram os rizicultores retirados da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.

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