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Autor: Nana Brasil
25 de Mai de 2015
22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade foi a ocasião escolhida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) para a entrega do Prêmio Nacional da Biodiversidade (PNB). Esta foi a primeira edição do prêmio, que contou com a inscrição de 888 projetos de todo o Brasil. Os 18 finalistas, que concorreram em sete categorias, participaram do evento realizado no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
O objetivo da premiação é reconhecer o mérito de iniciativas que contribuem para a melhoria do estado de conservação de espécies da biodiversidade brasileira. "O mais bonito é ver a diversidade de projetos inscritos. Temos coisas belíssimas no Brasil, mas geralmente pouco conhecidas", afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
Durante a cerimônia, Izabella falou sobre a importância da cooperação internacional para a área de meio ambiente, destacando as valorosas parcerias com o Itamaraty e demais instituições: "Esse prêmio é uma realização conjunta do MMA, do Ministério das Relações Exteriores, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), do Banco Mundial e do Instituto Chico Mendes (ICMBio)", frisou a ministra.
Para o presidente do ICMBio, Cláudio Maretti, a riqueza da nossa biodiversidade e os projetos elaborados nesse campo acabam muitas vezes ofuscados pelas notícias ruins do dia a dia. "Esse é um momento de notícias boas, de chamar a atenção para iniciativas que a sociedade brasileira desenvolve para proteger e fazer bom uso da biodiversidade", observou Maretti.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também esteve presente na entrega do prêmio e pontuou a transversalidade do pilar ambiental: "Para o Brasil, o tema da biodiversidade insere-se no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza. A conservação exige esforços de toda a sociedade e o dia de hoje, além da celebração, é uma oportunidade para reafirmarmos compromissos comuns", concluiu.
Iniciativas premiadas
No total, 888 projetos foram inscritos nesta primeira edição do Prêmio Nacional da Biodiversidade. Uma comissão composta por membros de reputação ilibada e notório saber em temas relacionados à conservação da biodiversidade avaliou as candidaturas e escolheu três finalistas e um vencedor para cada uma das seguintes categorias: Organizações Não Governamentais, Imprensa, Academia, Empresas, Órgãos Públicos e Sociedade Civil.
As iniciativas vencedoras levaram para casa o Troféu PNB, uma escultura em madeira com 35cm de diâmetro concebida pelo artista mineiro Darlan Rosa. Na categoria Imprensa, o prêmio foi para a TV Amazonas (Manaus/AM), pelo trabalho intitulado "Boto: da lenda à ciência, o encanto do príncipe das águas".
Já na categoria Empresas, o ganhador foi o "Programa de Valorização do Jaborandi", da Anidro do Brasil Extrações S/A - Grupo Centroflora (Botucatu/SP). O projeto estimula a geração de renda em comunidades extrativistas de jaborandi no norte e nordeste do Brasil, apoiando os agricultores familiares na produção, comercialização e manejo sustentável da espécie.
A iniciativa "Conservação do peixe-boi amazônico na Amazônia Brasileira", capitaneada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (Tefé/AM), levou o troféu na categoria Academia, enquanto a Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte/Jardim Botânico (Belo Horizonte/MG) foi premiada na categoria Órgãos Públicos pelo "Projeto Conservação e Manejo do Faveiro-de-Wilson", espécie criticamente em perigo.
Para premiar a melhor iniciativa entre aquelas conduzidas por Organizações Não Governamentais, foi chamado ao palco o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Cláudio Maretti. O Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), de Nazaré Paulista (SP), recebeu das mãos de Maretti o Troféu PNB pelo "Programa de Conservação do Mico-leão-preto", trabalho de três décadas que culminou na redução do grau de ameaça da espécie.
Já na categoria Sociedade Civil, saiu vencedor o projeto "Manejo pesqueiro do Pirarucu", da Operação Amazônia Nativa (Cuiabá/MT), cujo objetivo é realizar o manejo do pirarucu nas áreas das terras indígenas Palmari do rio Tapauá, visando à conservação da biodiversidade e à melhoria da qualidade de vida da população.
Todos os finalistas concorreram em uma sétima categoria: o prêmio especial Júri Popular. Foram contabilizados mais de 60 mil votos através da internet e o ganhador foi o projeto "Conservação do peixe-boi amazônico na Amazônia Brasileira", do Instituto Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, também premiado na categoria Academia.
Esta edição do Prêmio Nacional da Biodiversidade prestou ainda uma homenagem ao professor Paulo Nogueira Neto, considerado o patrono do ambientalismo brasileiro. Ele não pôde comparecer à cerimônia, mas gravou uma mensagem em vídeo: "Essa homenagem não é só para mim, mas para todos aqueles que pensam como eu, que atuam em benefício do país e do meio ambiente", disse o professor.
Conheça os 18 finalistas do Prêmio Nacional da Biodiversidade.
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