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Povos indígenas e o planeta, no Fórum Social Mundial

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24 de Jan de 2009

Uma mesma Amazônia, uma mesma floresta, um mesmo céu, mas realidades diversas. É assim a vida na grande Amazônia e dos seus vários povos. No quarto dia de viagem, o barco da delegação indígena que vai de Manaus (AM) para Belém (AM), rumo ao FSM 2009, leva representantes dos povos dos Estados do Amazonas, Roraima e Pará, uma amostra da
diversidade de línguas, culturas e tradições da região. Na manhã do dia 23 de janeiro, a delegação foi surpreendida por crianças ribeirinhas que acenavam e gritavam sobre pequenas e frágeis canoas, que saiam das margens do rio em direção ao barco, localizado num local denominado "estreito de Brevis". A intenção dos pequenos era ganhar
objetos, roupas ou até mesmo comida, mostrando um lado do Brasil desconhecido, no qual as políticas públicas não acontecem. A última noite da delegação a bordo do barco, resumiu-se em discussões sobre temáticas relacionadas às ameaças ao planeta e aos povos indígenas. Os líderes e representantes de organizações destacaram a importância da floresta Amazônica para o planeta. Paulo Mendes, liderança Ticuna, afirmou que faz parte da cultura milenar dos povos
indígenas cuidar da natureza e preservá-la. Este conhecimento é uma herança passada de pai para filho, e não ensinada em escolas ou universidades. As falas dos líderes foram praticamente voltadas para as questões ambientais: a falta de interesse de governos em preservar as florestas, afirmação de povos resistentes, invasão das terras
demarcadas, destruição da floresta para retirada de madeira, queimadas, entre outros temas. Na noite do dia 23 de janeiro, danças e rituais indígenas revitalizaram as energias, em uma demonstração de harmonia entre homem e natureza. Os Ticuna realizaram o ritual da Moça Nova, que simboliza o surgimento de uma nova semente, reafirmando a identidade deste povo, trazendo força e paz de espírito para que a participação no FSM seja acompanhada de paz e contribua
para o benefício do planeta.

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