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Povos indígenas correm risco de extinção

Clipping da 6ªCCR do MPF
18 de Mai de 2007

A extinção dos povos indígenas atinge índices alarmantes segundo levantamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). De acordo com a entidade entre o ano de 1500 e 2001, aproximadamente 1.470 povos indígenas foram extintos no Brasil. As regiões de maior incidência são a Norte, com 820, e a Nordeste, com 344 povos. O aniquilamento começa
por problemas como a falta de assistência e reconhecimento, por parte de estruturas competentes como a Fundação Nacional do Índio (Funai), aos povos quando em contato com outra cultura. Somente na região da Amazônia são 60 povos vivendo no isolamento.

Mas dezessete deles correm o risco de serem extintos pelo contato com a sociedade sem a devida proteção da lei, como fiscalização e demarcação de terras. Assim eles ficam vulneráveis à cobiça dos fazendeiros, por exemplo. É o que explica Frei Volmir Bavaresco, membro do CIMI em Rondônia.

'O que fazem os grandes proprietários, os políticos e outras pessoas é a grilagem de terras públicas. Então muitos povos que desapareceram aqui em Rondônia, foi fruto deste sistema diabólico, que existe em se apoderar de uma terra, não importa de quem ela seja. Se tornando dono e matando todos que estão dentro. Isto aconteceu muito com os
povos indígenas que foram totalmente exterminados por esta presença de grupos de grilagem, que grilam a terra para poder vendê-la mais para frente'. Grande parte das comunidades isoladas está em estados como Rondônia, norte do Mato Grosso e no sul do Amazonas. O Cimi denuncia que com o extermínio das comunidades indígenas, os fazendeiros
inviabilizam a demarcação de terras, podendo utilizá-las para seus interesses, como a exploração dos recursos naturais, a pecuária e o agronegócio.

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