GM, Gazeta do Brasil, p.B13
19 de Ago de 2005
Potencial do Piauí chega a R$ 4 bi
Estado espera atrair investimentos nacionais e estrangeiros nos próximos dez anos.
O Piauí espera atrair investimentos nacionais e estrangeiros da ordem de R$ 4 bilhões na área florestal nos próximos 10 anos, o que vai permitir um aumento do seu PIB em 50%. Com o foco no potencial brasileiro para o setor, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) elaborou, a pedido do governo estadual, o Programa de Desenvolvimento Florestal do Vale do Parnaíba.
O programa, que conta parcerias dos ministérios da Integração Nacional e do Meio Ambiente, visa incentivar o manejo de florestas naturais, o plantio de florestas (eucalipto), implantação de unidades de conservação e capacidade de transformação em bens e serviços.
De acordo com estudos da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef), contratada pela Codevasf para análise da viabilidade técnica e econômica do plantio de florestas, o Piauí dispõe de uma área potencial para o programa estimada em 3 milhões de hectares, nos municípios de Teresina e Uruçuí. São terras disponíveis a baixo custo e com fatores edafoclimáticos favoráveis (clima, solo, relevo) que tornam a região competitiva. Estima-se ainda um custo de produção de madeira inferior em até 30% ao de regiões produtoras tradicionais do País.
Entre as estratégias do programa para atrair os investidores, além da divulgação do potencial piauiense, estão o apoio técnico e incentivos fiscais específicos para o setor florestal, o que vai ser definido nos próximos seis meses.
"O Piauí já possui uma das melhores legislações de incentivos fiscais do País para plantas industriais. Vamos melhorá-la com o foco na área florestal", adianta o coordenador do programa e assessor da Presidência da Codevasf, Adriano Lopes Pereira de Melo. Sem adiantar nomes, o coordenador afirma que já existem empresas interessadas em investir.
Enquanto outros estados da federação trabalham com financiamentos para pagamento de ICMS, o Piauí dispensa o tributo para indústrias e agroindústria. A dispensa varia de 60% a 100%, de acordo com a localização e tipo de atividade. A isenção de ICMS é por um período de 10 a 15 anos.
"Entendemos que abrindo mão do ICMS, outros benefícios virão, como por exemplo, a geração de emprego e renda, que o principal objetivo da nossa legislação de incentivos fiscais", explica o diretor da Unidade de Indústria da Superintendência de Desenvolvimento Econômico do Piauí, Dinarte Cavalcante Porto.
O setor florestal brasileiro deve mobilizar em investimentos nos próximos anos cerca de US$ 14 bilhões para todo o país. Já existem projetos do tipo no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso. "Nós queremos que uma parte destes investimentos siga para o Piauí, que tem um grande potencial para projetos na área florestal", diz Adriano de Melo.
Atualmente, o programa está na fase de divulgação e incorporação do componente manejo de florestas nativas. A inclusão do manejo florestal, planejamento feito em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, surgiu em virtude da identificação do grande potencial gerador de emprego e renda deste tipo de atividade.
Como parte das estratégias de divulgação, no próximo dia 25 de agosto (quinta-feira), o programa vai ser apresentado a empresários em São Paulo, O evento, marcado para às 10h, na Fiesp, no 15o andar, no Sala Executiva Cerqueira César, vai contar com as presenças do ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, do Presidente da Codevasf, Luiz Carlos Everton de Farias, e do governador do Piauí, Wellington Dias.
Até o início de setembro vai ser instalada no escritório da Codevasf no Piauí uma unidade de gerenciamento do programa. A unidade visa apoiar os potenciais investidores por meio de orientação, visitas técnicas às áreas disponíveis e divulgação.
GM, 19-21/08/2005, p. B13
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