VOLTAR

Populações indígenas se preparam para Copenhague

Amazonia.org.br - http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=327807
Autor: Thais Iervolino
15 de Set de 2009

"Nossa proposta é reduzir a emissão de gases de efeito estufa em no mínimo 40% até 2020 e 80% até 2050", diz o líder indígena e vice-coordenador da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Marcos Apurinã, ao falar das ações defendidas pelos povos indígenas para a 15ª Conferência das Partes (COP), que acontece entre os dias 7 e 18 de dezembro deste ano, na Dinamarca.

Mais conhecido como Conferência de Copenhague, o evento pretende estabelecer o tratado que substituirá o Protocolo de Kyoto, vigente de 2008 a 2012. Preocupados com as definições que serão feitas na COP, os índios pretendem participar ativamente da conferência. "Queremos levar nossos representantes para lá. Não dá para discutir políticas de floresta, de meio ambiente, sem a participação dos povos indígenas, principalmente ações ligadas à Amazônia", diz Apurinã.

Para isso, alguns encontros preparatórios estão sendo realizados. O último deles aconteceu na semana passada, nos dias 11 e 12, em Manaus, e reuniu representantes indígenas dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal.

No encontro, além de propostas para conter a elevação do clima, os indígenas também discutiram os efeitos que atividades como pecuária, biodiesel e grandes empreendimentos trazem à região e ao clima do mundo. "Estamos preocupados com a garantia dos nossos direitos e com a preservação do planeta, da floresta, da água, da biodiversidade. É essa a nossa preocupação. A gente quer mostrar o nosso papel diante desta situação", diz o vice-coordenador.

Os pontos definidos nos eventos brasileiros serão levados a encontros no âmbito da América Latina. "Estamos trabalhando com os nove países que compõem a Amazônia para levar nossas propostas a Copenhague", explica Apurinã.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.