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População discute nova unidade de conservação na região sul da cidade

JusBrasil - http://pref-curitiba.jusbrasil.com.br/
13 de Fev de 2014

Mais de 300 moradores de várias regiões de Curitiba foram à Paróquia Santana, no bairro Campo de Santana, na tarde desta quarta-feira (12) para participar da segunda consulta pública que discute a implantação da Reserva Parque do Bugio.

Localizada na região sul da cidade, a unidade de conservação, que começará a ser implantada ainda neste ano, abriga a parte mais representativa da floresta com Araucárias da cidade. A primeira consulta pública sobre o assunto aconteceu em dezembro do ano passado, na Regional do Pinheirinho.

Com esta iniciativa, Curitiba demonstra o seu compromisso com a natureza e a sustentabilidade, disse o secretário municipal do Meio Ambiente, Renato Lima. Ele destacou, entre outras vantagens, a preservação da biodiversidade na região, a melhoria da qualidade das águas e a diminuição do impacto de enchentes na área da reserva, além da possibilidade de desenvolver pesquisas e monitoramento ambiental no local.

A área, também chamada de Refúgio de Vida Silvestre do Rio Iguaçu/ Foz do Barigui, terá 800 hectares, com extensão ao longo do Rio Barigui, a partir da Rodovia do Xisto até a sua Foz no rio Iguaçu e ao longo deste até a BR 116.

Lima afirmou que o direito à propriedade das famílias que vivem dentro dos limites da nova unidade será integralmente respeitado pela Prefeitura de Curitiba. As pessoas que moram ali terão uma grande oportunidade de ganhar com o turismo, que será fomentado na região, além dos ganhos ambientais que serão conquistados por todos.

Participação

A dona de casa Márcia Pimentel, moradora no bairro da Caximba, participou da consulta pública e aprovou a novidade. A criação do Parque do Bugio pode trazer muitas melhorias para nós, moradores do entorno, como obras de saneamento e infra estrutura e ganhos ambientais, disse.

O aposentado Luiz Molina, morador do Campo de Santana há 30 anos, afirmou que a consulta pública é uma boa oportunidade para que a população tire suas dúvidas e faça sugestões. Ele aproveitou para perguntar sobre a situação de famílias que vivem irregularmente às margens do Rio Barigui, local onde há alagamentos frequentes, dentro dos limites da nova unidade de conservação.

Me informaram que, em uma ação em conjunto com a Cohab, aquelas famílias serão realocadas para áreas apropriadas, afirmou o morador. Acho que será ótimo para todos. Um dos objetivos da criação da nova unidade é evitar o impacto das enchentes. Haverá uma grande valorização da região, disse o aposentado.

Refúgio

A criação do Refúgio de Vida silvestre do Rio Iguaçu/Foz do Barigui está embasada na Lei Federal n. 9985/2000 que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação, com o objetivo de proteger ambientes naturais que assegurem condições para existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora e da fauna local, residente ou migratória.

Para o traçado foram consideradas áreas naturais, como os maciços vegetacionais, unidades de conservação, áreas de várzea e com cavas, ocorrência de fauna ameaçada de extinção e a Lei Municipal 9805/2000, que institui o anel de conservação sanitário ambiental.

A região tem registro de 112 espécies de aves e 20 de mamíferos, dos quais vários estão em extinção, que serão protegidas com a criação do refúgio. Entre eles: bugios, lontras e as aves ananaí, garça-branca, gavião carijó e beija-flor. Na região também foram identificadas várias espécies que compõem a floresta com Araucária, como branquilho, pinheiro bravo, tarumã e aroeira.

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