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"Política indigenista está entregue ao deus-dará"

Jornal do Senado
10 de Abr de 2001

Mozarildo Cavalcanti também registrou denúncia feita pelo jornal Brasil Norte, de Roraima, em 14 de março, de que Miracélio Peixoto, líder indígena da região de Surumu, e sua mulher, Laiza de Souza Peixoto, teriam sofrido ameaças de morte e de expulsão de sua casa por índios de outras tribos.

Miracélio disse ao jornal que entidades como o Conselho Indígena de Roraima, a Funai, o Ibama, a Igreja Católica e algumas organizações não-governamentais – como a TWM – estão incitando os índios, uns contra os outros, em vez de defendê-los. Na opinião de Mozarildo, as denúncias de O Globo e do Brasil Norte comprovam que a política indigenista brasileira "está entregue ao deus-dará". Ele acrescentou que não existe uma orientação ou fiscalização eficiente por parte do governo.

No mesmo pronunciamento, Mozarildo repeliu trecho de artigo escrito pelo ex-ministro da Justiça Jarbas Passarinho, publicado no Correio Braziliense de 27 de março, segundo o qual os políticos de Roraima são classificados como "levianos" por terem afirmado que a demarcação das terras yanomamis não observou nenhum critério. O senador disse que leviano foi Passarinho, ao atribuir a declaração aos políticos roraimenses. Segundo Mozarildo, a afirmação foi feita pelo ministro da Defesa, Geraldo Quintão.

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