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POLÍTICA EDUCACIONAL

A Crítica-Manaus-AM
21 de Set de 2001

Ensino indígena em discussão

Representantes de diversas etnias indígenas que compõem a Fundação Estadual de Política Indigenista do Amazonas (Fepi) estiveram reunidos ontem de manhã, em Manaus, para definir as diretrizes da política educacional que será implantada nos municípios amazonenses com elevado número de estudantes descendentes de índios.Além de abordar projetos que garantam a melhoria da qualidade de ensino nas diversas comunidades indígenas do Estado, a reunião também sugeriu a implantação da linguagem indígena na grade curricular das escolas públicas instaladas nos municípios que ainda possuem forte herança indígena.Os representantes da Fepi lembraram que o governador Amazonino Mendes anunciou a criação de um curso superior de educação indígena vinculado à Universidade do Estado do Amazonas (UEA), cujo objetivo é garantir a evolução intelectual e de cidadania dos povos indígenas. As negociações ainda estão em sua fase inicial, porém temos certeza que o governador apoiará a criação de oportunidades educacionais para as nossas comunidades, explicou o índio Genivaldo Cabral, que presidiu a reunião do Conselho.Os projetos educacionais discutidos na reunião da Fepi não se limitaram apenas aos cursos universitários. O ensino médio também foi tratado com interesse pelos representantes das etnias indígenas, que solicitaram novas escolas nas proximidades das comunidades indígenas.De acordo com a Fundação Estadual de Política Indigenista do Amazonas, o Estado possui hoje cerca de 600 escolas indígenas onde trabalham 776 professores índios e 138 não índios, além de existirem 34.118 alunos cursando os ensinos fundamental e médio. Temos que aproveitar que nossos filhos e netos estão matriculados em escolas públicas para ensinar-lhes um pouco sobre a história e os costumes dos povos indígenas. Não podemos deixar que nossa herança cultural desapareça, afirma Genivaldo Cabral.

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