A Gazeta, Da Redacão
02 de Set de 2004
Poder público é ausente, diz ISA
Da Redação
Para a ambientalista Adriana Ramos, coordenadora de projetos do Instituto Socioambiental (ISA), o desmatamento desregrado na região amazônica aproveita-se da ausência do poder público para se perpetuar.
Segundo ela, as autoridades muitas vezes fazem vistas grossas às atividades irregulares e pouco realizam para controlar o uso do solo.
A saída seria o investimento mais pesado na coerção à ilegalidade e o incentivo a ações de recuperação das áreas degradadas, além do uso sustentável das áreas de floresta. "É possível se explorar economicamente regiões de mata sem haver prejuízos maiores, como, por exemplo, o manejo da madeira de baixo impacto", cita. Os planos de manejo, sempre defendidos por ambientalistas e por uma parcela de produtores, ainda esbarram no excesso de etapas burocráticas, segundo ela. Mas, na sua opinião, as mudanças para agilizar os documentos devem ser feitas de forma equilibrada para não beneficiar os que vivem na ilegalidade. "Tem que se ter cuidado para que a flexibilização das leis não acabem privilegiando os que atuam de forma irregular há muito tempo", observa. Para ela, o "livro dos recordes" dará uma visibilidade mais ampla para o problema do desmatamento no país, o que pode até acelerar as mudanças no setor.(DP)
A Gazeta, 02/09/2004
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