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10 de Fev de 2010
O deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR) pediu ao governo federal a inclusão de Roraima nas políticas de desenvolvimento econômico e social do País. "Roraima não aceita mais ser excluída, ser tratada como ente menor. O Brasil é um só e os governos do meu estado e brasileiro não podem viver como se fossem Davi e Golias, defendendo interesses antagônicos. O governo brasileiro precisa enxergar o País como um todo e tratar os seus entes como parte de uma mesma Federação", defendeu.
Na avaliação do parlamentar, o discurso do governo federal sobre a Amazônia é a maior demonstração de desprezo à região. "É um discurso de retóricas e bravatas para agradar ao público externo, enquanto vemos lá a realidade de um povo abandonado", afirmou.
Rocha salientou que as terras de Roraima continuam nas mãos do governo federal. Só a Funai, observou, detém 46,21% das terras do estado. Já as federais, acrescentou, considerando áreas do Incra, do Exército, do Ibama e do Instituto Chico Mendes, somam mais de 70% do território estadual. "Em outras palavras, ganhamos autonomia política, com a transformação do território federal em estado, em 1988, com a Constituição federal, mas continuamos sob a tutela do governo federal", criticou.
Reserva indígena - O deputado do PSDB condenou a pretensão do governo Lula de criar mais uma reserva indígena na Serra da Moça e o Parque Nacional do Lavrado. "A criação do Parque Nacional do Lavrado é a mais nova investida do governo federal que abrange os municípios de Cantá e Bonfim, nos limites com a República da Guiana", explicou.
Segundo Rocha, o governador Anchieta Júnior mandou a polícia de Roraima arrancar os marcos fincados em propriedades particulares na Serra da Lua, na divisa com a Guiana Inglesa, onde o parque já estava sendo demarcado. "Fez certo, pois, como manda a lei, o estado não fora ouvido", afirmou.
Para o deputado, o governo de Roraima dá um novo exemplo de desenvolvimento de política econômica com respeito ao meio ambiente, ao transformar em títulos definitivos de propriedade os 6 milhões de hectares de terras que a União passou para o governo do estado. "No Norte, não fomos o primeiro estado a ter terras transferidas pela União à unidade federada, mas somos o único a consolidar a transferência e a emitir os títulos de propriedade, o que dará novo perfil socioeconômico ao nosso estado", afirmou.
Na avaliação do parlamentar, o governador Anchieta está viabilizando "um estado que tem dimensões semelhantes às do estado de São Paulo, mas uma população de pouco mais de 400 mil habitantes e que precisa do mesmo tratamento dispensado aos demais brasileiros".
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