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Plano Municipal tem meta de dobrar área de proteção ambiental em até dois anos

Cruzeiro do Sul - http://www.cruzeirodosul.inf.br/
Autor: Sabrina Souza
22 de Fev de 2014

Até 2016, Sorocaba deverá contar com quatro novas unidades públicas de conservação da Mata Atlântica e outras quatro reservas privadas do patrimônio natural, cuja implantação será incentivada pelo poder público. Com essas ações, que constam como meta do Plano Municipal de Conservação e Recuperação do Bioma, a cidade pretende aumentar para 4% sua área protegida, que atualmente é de 1,6%. Entre os principais desafios para a criação desses espaços está a fragmentação da vegetação na cidade: 62% da mata sorocabana possui menos de um hectare, situação que dificulta o trabalho de preservação. Apresentado ontem pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Plano atende à lei de preservação da Mata Atlântica e Sorocaba é o primeiro município do Estado de São Paulo a definir suas estratégias de conservação do bioma, que em todo o Brasil possui apenas 7% de sua floresta original.

O trabalho será priorizado nas regiões leste e oeste da cidade, onde a vegetação se apresenta mais alta. Entre as unidades cuja implantação já está mais adiantada estão o Parque Natural Municipal Casarão de Brigadeiro Tobias, o Parque Natural do Cerrado, na Zona Industrial, e a Estação Ecológica Serra de São Francisco, no Inhaíba. Essa última, porém, depende de parcerias privadas, assim como a Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) de Aparecidinha - locais que possuem parte de sua área de propriedade particular. Conforme consta no Plano, apenas 20% do território total definido para preservação está inserido em Áreas Verdes Públicas, sendo que o restante faz parte de domínio particular. Apesar disso, o documento ressalta que mesmo que apenas os 180 hectares públicos sejam preservados na forma de criação de parques, já corresponderá a um aumento de 80% do sistema de áreas protegidas municipais.

"As áreas escolhidas são as mais relevantes do ponto de vista ambiental, pelo seu tamanho e diversidade de vegetação dentro do bioma", explica a secretária de Meio Ambiente, Jussara de Lima. Segundo ela, parques já existentes também devem ser ampliados nos próximos anos. Realizado em parceria com universidades e outras instituições da cidade, o Plano tem como principal objetivo proteger os fragmentos de Mata Atlântica ainda existentes em Sorocaba, restaurar as áreas que hoje se encontram degradadas e recuperá-las. "Esse diagnóstico foi importante para podermos estabelecer políticas, buscar parcerias privadas e acima de tudo, buscar licenças com órgãos responsáveis, como a Cetesb", comenta a secretária. Entre as ações do documento, consta ainda a plantação de mais 400 mil mudas de espécies da Mata Atlântica, totalizando 1 milhão de novas árvores em quatro anos.

A Mata Atlântica foi o primeiro bioma a ter sua preservação prevista em lei. "Outros, como a Amazônia e o Pantanal, já são patrimônio nacional por força da Constituição Federal", explica Mário Mantovani, diretor da Fundação SOS Mata Atlântica. Ele comemora a implantação do primeiro Plano no Estado. "A maior faixa contínua do País está em São Paulo e representa uma importante fonte de recursos naturais para a população paulista, inclusive hídricos", justifica ele, para quem as estratégias constituem um passo para o aumento da qualidade de vida das cidades. Instituída em 2006, a Lei da Mata Atlântica começou a ser aplicada no ano passado e cerca de 60 municípios já apresentaram seus planos em todo o Brasil. "Os demais Estados já possuíam, faltava São Paulo ter o seu exemplo", comemora.

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