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Phytoamazon produzirá, de forma sustentável no Acre, pomada e emagrecedor à base de copaíba

A Gazeta Mercantil-AM
Autor: Itaan Dias
25 de Jun de 2001

A Phytoamazom, empresa com matriz em Rio Branco, anunciou que vai produzir uma pomada cicatrizante e um remédio emagrecedor à base de óleo extraído da semente da copaibeira, árvore abundante no território acreano. Os dois produtos serão lançados até o final deste ano e terão como mercados os Estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Amapá e Pará, onde as qualidades fitoterápicas do óleo de copaíba são reconhecidas pela população.
Os diretores da Phytoamazon estudam a viabilidade econômica de outros fármacos que terão como medicamentos produtos da floresta. Por questões de estratégia comercial, a empresa não revelou os investimentos nesse projeto nem o volume da produção. Ainda não temos a estrutura desejada, mas instalaremos uma unidade na ampliação do Distrito Industrial, com linha produtiva voltada para toda a região amazônica, adiantou Oswaldo Gonçalves Dantas Filho, um dos sócios de empresa. O Acre torna-se um mercado promissor porque aqui não há ainda a cultura de manejo florestal nas condutas do empresariado. Há uma busca nesse sentido, por parte do poder público, e temos tido apoio oficial para concretizar parcerias, disse.
A Secretaria de Floresta e Extrativismo do Estado está articulando as negociações entre a empresa e as cooperativas de produtores tradicionais, que farão a coleta da matéria-prima. Os técnicos do Governo garantem a qualidade e o manejo florestal para a obtenção do óleo. A indústria compra um produto que tem o meio ambiente como valor agregado de mercado, explicou Arthur César Leite, coordenador do setor de Produtos Não-madeireiros da secretaria.
O óleo de copaíba possui seis derivações de qualidade. Os mais grossos servem para uso cicatrizante e os mais finos para uso antibiótico (pode ser ingerido). O Acre, por intermédio de manejamento florestal, já comercializou esse ano 350 litros do óleo do produto por um preço médio de R$ 10 por cada litro. Nosso interesse não reside na quantidade. Queremos vender a idéia de que é possível explorar floresta comercialmente e de forma racional, afirmou Leite. Há uma demanda de mais de quatro mil litros do óleo de copaíba, mas o preço ainda assusta muitos compradores. Um litro de óleo de copaíba pode ser vendido por até R$ 2, sem ser retirado sob os parâmetros do manejo. De acordo com a Secretaria de Floresta e Extrativismo, esse mesmo litro chegava a ser vendido em Belém por até R$ 50 e com qualidade inferior porque havia a mistura das diferentes espécies do óleo.
Há uma empresa paulista que também se interessou pelo óleo de copaíba para fabricação de uma pomada dérmica de uso cicatrizante. Não queremos adiantar mais detalhes por motivos comerciais, disse Leite.

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