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PF não tem como fiscalizar mineração em área indígena

A Folha -Boa Vista-RR
04 de Jul de 2001

A exploração ilegal de minérios está sendo investigada pela Polícia Federal em Roraima desde fevereiro pelo Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais. A ação só foi intensificada depois da apreensão de meia tonelada de tantalita. No momento, a exploração ilegal na área indígena continua em segundo plano. As investigações esbarram na falta de agentes e equipamentos necessários, segundo o delegado regional da Polícia Federal, André Luís Gonçalves Soares. Ninguém sabe quantos garimpeiros existem nessas áreas.Por enquanto, o único inquérito sobre a exploração do minério em tramitação é sobre a apreensão da tantalita. Embora instaurado no começo do ano, continua em fase de investigação. As investigações da PF se concentram na tantalita. Usada na fabricação de aparelho celular e na construção de turbinas de avião, ela é valorizada nos mercados nacional e internacional.Do tântalo, as partes mais caras são o nióbio e a tantalita, vendidas a 200 dólares o quilo. Embora seja ilegal, a exploração do tântalo vem sendo praticada na região de São João da Baliza, no sul do Estado. A exploração é feita sem autorização. Como em Roraima não existe autorização para exploração, foi descoberto pela PF que existem mais de 800 pedidos de pesquisa para o minério no DNPM (Departamento Nacional de Exploração Mineral) no Estado.O delegado regional da Polícia Federal, André Luís Gonçalves Soares, disse que os agentes que realizaram investigações junto ao Núcleo de Combate à Exploração de Minérios não encontraram máquinas explorando tantalita em toda a região. Em razão do resultado das investigações, a Polícia Federal está fazendo o levantamento do número de autorizações de exploração e guias de utilização existentes em Roraima. Só no DNPM, os pedidos de pesquisa crescem mensalmente.

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