VOLTAR

PF fecha associação de garimpeiros que extraia diamantes no Nortão

Midianews-Cuiabá-MT
10 de Abr de 2002

A operação conjunta da Funai e da Polícia Federal para acabar com o garimpo na Reserva Indígena Roosevelt, localizada na divisa de Mato Grosso com Rondônia, fechou e prendeu em flagrante os responsáveis pelo escritório da Associação Nacional dos Garimpeiros, entidade ilegal já que a atividade é clandestina. Eles exploravam há mais de um ano garimpo na reserva dos índios Cinta-Larga.

No momento da chegada da Funai e dos agentes ao escritório, os responsáveis cadastravam garimpeiros e emitiam carteiras que supostamente dariam acesso às áreas indígenas onde ocorrem a presença de diamante. A Funai está desenvolvendo, com o apoio da Polícia Federal e das polícias Militar e Civil de Rondônia, uma série de ações para impedir o retorno de garimpeiros à Terra Indígena Roosevelt.

Há 15 dias, a PF em Rondônia prendeu um israelense e dois brasileiros acusados de integrar uma quadrilha internacional de diamantes. Eles foram presos com 44 pedras de diamantes, um comprovante de depósito bancário no valor de R$ 111 mil e uma passagem área São Paulo-Jerusalém, em nome do israelense de Yair Assis, 52 anos.

As pedras haviam sido extraídas ilegalmente dentro da Reserva Indígena Roosevelt. Além do israelense também foram presos o comerciante de Ribeirão Preto (SP), Carlos César Manhas, 40, e o cuiabano Francisco Sales de Santana, 55. A quadrilha está presa na carceragm da PF em Porto Velho (RO).

Eles foram presos durante uma operação gigantesca para a retirada de aproximadamente três mil garimpeiros. Sem prazo para terminar, a operação conta com reforço do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), Polícia Militar do Estado e mais de 50 índios do grupo Cinta-Larga.

Em nota, a PF de Rondônia confirma que eles confessaram o crime. As pedras eram legalizadas em Nova York e vendidas no mercado internacional. Os diamantes apreendidos serão periciados no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília, para saber o quilate das pedras.

Segundo o delegado Severino Moreira, a quadrilha comprava diamantes de garimpeiros e dos índios e os vendiam para Yair, que levava as pedras para Israel. Os agenciadores recebiam R$ 100,00 por dia trabalhado e 500,00 por mês. A polícia chegou até a quadrilha através de denúncia anônima.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.