VOLTAR

Pesquisa revela discriminação nas escolas quanto aos indígenas

Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
24 de Nov de 2003

A aluna Maristela Sousa Torres do programa de pós-graduação em Educação, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), apresentará a dissertação ´´Interculturalidade e Educação: Um olhar sobre as relações interétnicas entre alunos Iny Mahadu e a comunidade escolar da região do Araguaia``, dia 26, às 14h, no auditório do Instituto de Educação.

O trabalho foi desenvolvido sob a orientação da professora Maria Lúcia Rodrigues Müller para a obtenção do título de mestre na área de Educação, Cultura e Sociedade, com enfoque em Movimentos Sociais, Política e Educação Popular.

A pesquisa aborda a temática das relações entre os povos indígenas e os segmentos da sociedade nacional, mais especificamente, as relações interétnicas dos alunos Iny Mahadu e a comunidade escolar das cidades de Santa Terezinha, Luciara e São Félix, localizadas na Região do Araguaia, no nordeste do Estado de Mato Grosso. As aldeias estudadas foram: Krehawa, Majterytawa, Itxalá, Macaúba e Hãwaló.

Os alunos Iny Mahadu, estudados por Maristela Torres, são os povos indígenas Karajá de Mato Grosso e de Tocantins que vivem na Ilha do Bananal, na região do Araguaia. A pesquisa enfatiza a questão da discriminação e do preconceito nas escolas quanto à população indígena.

De acordo com Maristela Torres, as escolas não adotaram as leis que regulamentam a educação indígena de forma específica e diferenciada, ou seja, não acrescentaram no currículo um ensino baseado nas diferenças culturais e nas relações interétnicas. Ressalta que o nome Iny Mahadu, utilizado em sua pesquisa, substitui o termo Karajá, porque essa é uma denominação nacional - carregada de estereótipos - e aquelas são autodenominações, sendo Iny na forma singular e Mahadu na plural.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.