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Pedida a ampliação do lago de Tucuruí

Gazeta Mercantil -PA
Autor: Rita Soares
16 de Mai de 2001

A direção da Eletronorte reúne-se hoje pela manhã com técnicos da Secretária Executiva de Meio Ambiente (Sectam) para expor o projeto de ampliação da cota do lago da usina hidrelétrica de Tucuruí de 72 para 74 metros. O projeto prevê a instalação de duas vigas espelhos com 36 toneladas cada. Com o aumento, Tucuruí ganha capacidade para gerar mais 109 megawats/hora por ano. Para dar um parecer sobre a obra, a Sectam exigiu mais informações. A direção da geradora informou que já está fazendo licitação para os estudos que devem ser apresentados ao órgão ambiental. O lago de Tucuruí tem 2.843 quilômetros quadrados e se a obra for aprovada o lago ficará com mais de três mil metros quadrados. O presidente-interino da Eletronorte, Jorge Palmeira, disse que, se aprovada, a obra só estará concluída em janeiro de 2002 porque as vigas têm que ser instaladas no período em que o lago estiver com nível mais baixo. O diretor de gestão empresarial da Rede/Celpa, Nurembergue Borja de Brito, afirmou ser contra a definição de cotas de consumo e a cobrança de multas para quem consumir acima da cota. Pelos cálculos de Borja, se ocorrer no Pará, o racionamento só começará em setembro e o mais provável é que seja feito pelo sistema de apagões em rodízio. O diretor da Rede/Celpa garantiu que a empresa estuda como reduzir os impactos da falta de energia nas áreas com hospitais e órgãos de segurança, como o Corpo de Bombeiros. Borja lembrou, porém, que será impossível fugir aos efeitos negativos da crise energética. `As escolas terão aulas suspensas, os semáforos apagarão. Se estiver chovendo, a cidade vai virar um caos`, enumerou, afirmando que a queda de produção da indústria poderá trazer de volta um fantasma que há muito não assusta os brasileiros, a inflação. `Se uma indústria produz 100 cervejas e só poderá produzir 20, é óbvio que vai cobrar mais por isso`.

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