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PDPI defende investimentos

A Crítica-Manaus-AM
29 de Ago de 2002

Participante de uma das mesas de debates, ontem, em Johannesburgo, África do Sul, onde o Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais do Brasil (PPG7) foi apresentado como experiência modelo, o gerente técnico do Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI), Gersem dos Santos Luciano, 39, defendeu a ampliação dos investimentos em desenvolvimento sustentável no Brasil, com ênfase para a Região Amazônica.

Nesse debate, um entre dezenas que estão acontecendo dentro da "Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável", a "Rio + 10", o PPG7 , criado a partir da ECO-92 foi o destaque, sendo apresentado como experiência inovadora. Dez anos depois da criação do modelo, os resultados obtidos pelos programas e subprogramas foram considerados positivos. O PPG7 entra este ano em uma nova fase, onde deixa de ser piloto para atuar como programa do Governo brasileiro.

Para Gersem Luciano, se a cooperação internacional não ampliar os investimentos, direcionando-os às regiões mais pobres e as que mais correm riscos o esforço por um desenvolvimento sustentável representará muito pouco. "É preciso reduzir a burocracia no que diz respeito ao acesso aos recursos, ampliar a participação das organizações e populações indígenas e trabalhar a sensibilidade governamental quanto às especificidades nessa área".

Ele lamentou que um reduzido número de indígenas representantes do Brasil estejam participando da cúpula. Atribuiu o fato à forma como é conduzida a política indigenista do País, ainda com sérias dificuldades para se constituir como prioridade nacional, e o atual momento vivenciado pelo movimento indígena. "Um encontro realizado em um outro país tão distante do Brasil fica muito difícil para o movimento indígena bancar os custos dos seus representantes", observou. Disse, entretanto, que se o número é pequeno, os indígenas presentes na "Cúpula" têm condições de fazer intervenções de qualidade e, articulados a outras forças, insistir para que as lideranças mundiais contribuam de forma mais intensa com essa proposta.

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