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Pataxós são expulsos de aldeia no sul da Bahia

Correio da Bahia-Salvador-BA
21 de Set de 2002

Os índios pataxós da aldeia Pequi, no sul da Bahia, que foram expulsos de seu território por pistoleiros armados na madrugada do último dia 15, apelam às autoridades federais
competentes que tomem medidas urgentes no sentido de investigar o caso e garantir o direito de retorno da comunidade indígena às suas terras.
De acordo com denúncias dos índios, a aldeia foi invadida por capangas que promoveram um grande tiroteio dentro do local. Além de terem suas casas destruídas, os índios sofreram agressões físicas por parte dos pistoleiros, conforme informações prestadas pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) de Brasília. As 30 famílias da aldeia foram obrigadas a fugir e seis índios teriam sido presos por policiais do município de Prado.
Representantes da Polícia Federal e Procuradoria da República em Ilhéus estão investigando o caso. Ainda impedidos de voltar para a área, os pataxós acusam o fazendeiro Normando de Carvalho de ser o mandante das agressões contra os índios na aldeia Pequi. Eles alegam, ainda, que suspeitam de envolvimento de policiais civis e militares no caso. O Cimi adiantou que dos seis índios detidos, apenas Elviro Pereira dos Santos foi libertado até o momento.
Ainda assim, por que sofre de problemas cardíacos. Ele apresenta sinais de tortura e está em idade avançada.
O cacique Joel Braz Pataxó, também coordenador da Frente de Resistência e Luta Pataxó,
tem denunciado a difícil situação dos índios e a falta de providências por parte das autoridades.

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