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Parna Pacaás Novos em RO está sendo invadido

Associação de defesa Kanindé-Porto Velho-RO
28 de Mar de 2003

Funcionários da FUNAI-PVH denunciam que o PARNA Pacaás Novos está sendo invadido por grileiros na região de São Miguel do Guaporé, BR 429 próximo a Serra da Onça. Essa é uma região delicada por ser território de ocupação de índios sem contato denominados Jurureí e por estar na região de abrangência do Corredor Ecológico Guaporé/ Itenez - Mamoré. O chefe da fiscalização da FUNAI-PVH recebeu informações que invasores estão entrando pelas linhas LP1 e LP 2 e na fazenda Lambari. A PARNA é sobreposto à TI Uru Eu Wau Wau e a defesa do patrimônio público neste caso é incumbência da FUNAI, a qual vem realizando seu papel, e IBAMA. Colonos moradores próximos à área invadida dizem ter visto um veículo do IBAMA na área mas nenhuma medida ainda foi tomada. O órgão em Rondônia vêm gerando insatisfação por parte da sociedade civil a anos e em dezembro de 2002 as ONG´s de Rondônia, entre elas o GTA-RO, Associação de Defesa Etno-ambiental - Kanindé e Ação Ecológica Guaporé - ECOPORÉ pediram a intervenção do órgão no estado indignados com o grau de degradação que o estado vem atingindo. No verão passado a administração de Ariquemes sofreu um incêndio e há suspeitas de que tenha sido sabotagem por parte de funcionários do próprio órgão.Associações agrícolas vem aliciando e iludindo famílias a entrarem em áreas protegidas às vezes até vendendo lotes, como foi o caso Associação Agricola do Rio Pardo na Flona do Bom Futuro e Associação Novos Curupiras na TI Uru Eu Wau Wau em 2001. Isto se agrava devido ao período de transição política onde em Rondônia ainda não definiu-se à quem caberá a gerência do órgão. O PARNA Pacaás Novos e a TI Uru Eu Wau Wau abrigam as nascentes de treze rios de grande importância para o estado, além de servir como tampão da ampliação da frente de ocupação rumo aos vales do Guaporé e Mamoré. A proteção das áreas protegidas em Rondônia é de suma importância ao equilíbrio ecológico no estado e não podemos permitir que continuem a saquear e depredar nosso patrimônio natural.
(-Associação de defesa Kanindé-Porto Velho-RO-28/03/03)

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