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Autor: César Cordeiro
12 de Nov de 2013
A terra começa a ser preparada para o plantio da lavoura de subsistência em 300 hectares, divididos entre as aldeias Jaguapiru e Bororó
Graças à parceria realizada entre uma usina sucroenergética de Fátima do Sul e Coordenadoria de Assuntos Indígenas e Ministério Público do Trabalho (MPT), vem sendo possível o preparo da terra na reserva indígena de Dourados para o próximo plantio. A terra vem sendo preparada pelos próprios indígenas.
Cinco tratores particulares da comunidade e um cedido pela prefeitura entraram em ação na última sexta-feira. A parceria garantiu que a terra começasse a ser preparada, para o plantio da lavoura de subsistência em 300 hectares, divididos entre as aldeias Jaguapiru e Bororó. Os tratores entraram em ação com a hora de trabalho sendo paga pela usina de álcool e açúcar.
Ao todo, os pontos agricultáveis da reserva indígena representam 900 hectares, porém a parceria estabelecida já significa um grande avanço, segundo o indígena guarani, Leomar Mariano, que faz parte da Coordenadoria de assuntos indígenas, órgão ligado ao município de Dourados. "Já representa uma boa parte e estas famílias selecionadas são aquelas que mais necessitam do trator para o plantio, sem o trator não há condições de cultivar a terra.
Em outras áreas onde os indígenas dispõem de meios próprios para o plantio da terra, a situação é diferente e este trabalho já está bem adiantado", disse. O principal interesse da comunidade indígena é pelo cultivo do milho e mandioca. São produtos que servem para serem consumidos internamente, mas também como fonte de renda, já que tem boa aceitação na venda de porta em porta realizada no perímetro urbano em Dourados.
"O milho tem inúmeras funções aqui na reserva e após secar o produto também serve para alimentar as galinhas, a mandioca também serve para muita coisa, além de alimentar as famílias", disse Leomar Mariano que, inclusive, é técnico agrícola. Cada família tem direito a 1/5 de hectare.
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