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Parceria entre órgãos ambientais vai reforçar fiscalização no Paraná

Agência de Notícias do Paraná - http://www.aen.pr.gov.br/
27 de Nov de 2013

A Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e o Batalhão de Polícia Ambiental assinarão, dentro de 30 dias, um convênio que prevê a retomada das ações conjuntas para a fiscalização da fauna e da flora no Paraná. O anúncio foi feito nesta terça-feira (26) pelo secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, em Paranaguá, durante a primeira oficina de apresentação e articulação do Projeto de Proteção da Mata Atlântica "Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica".

"Temos um grupo de trabalho formado por técnicos da Secretaria do Meio Ambiente, do IAP e da Polícia Militar Ambiental, desenvolvendo uma proposta de convênio, a pedido do governador Beto Richa, e que será apresentada a ele nos próximos dias para que as ações conjuntas sejam retomadas ainda em 2013", disse Cheida.

O secretário do Meio Ambiente acredita que o aumento na fiscalização é fundamental para o sucesso de qualquer ação relacionada à proteção do meio ambiente. "De nada adianta termos áreas protegidas se elas não estão protegidas efetivamente", reforçou Cheida. Ele lembrou que a retomada do convênio também é um anseio de diversos segmentos da sociedade. "Precisamos de uma força cada vez maior para garantirmos proteção e fiscalização dos ambientes naturais e daqueles que já foram degradados", explicou.

MATA ATLÂNTICA - O Projeto "Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica" é uma ação do Ministério do Meio Ambiente, por meio de Cooperação Técnica e Financeira entre o Brasil e a Alemanha. O objetivo é promover a conservação da biodiversidade e a restauração florestal, contribuindo para reduzir os efeitos das mudanças climáticas. O Projeto será desenvolvido até abril de 2017 e prevê apoio técnico do GIZ (Deutsche Gesellschaft für internationale Zusammenarbeit GmbH) e apoio financeiro do KfW (Kreditanstalt für Wiederaufbau).

A cooperação alemã para o desenvolvimento investirá, nos próximos três anos, 17 milhões de euros para proteção da Mata Atlântica no Brasil, nos estados do Paraná, São Paulo, no Litoral Fluminense e Sul da Bahia.

"O Brasil e a Alemanha têm desafios globais comuns para conservação da biodiversidade e o enfrentamento das mudanças climáticas", explicou a representante da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ) no Brasil, Ingrid Prem. Segundo ela, os dois países têm assumido compromissos nos temas biodiversidade e clima e se juntaram numa parceira estratégica que já dura 40 anos para enfrentar esses desafios.

O PARANÁ - No Paraná, a oficina que termina nesta quarta-feira (27), em Paranaguá, vai identificar iniciativas, projetos e ações desenvolvidas na área do Mosaico Lagamar pelo Governo do Estado, prefeituras municipais, organizações não governamentais, iniciativa privada e proprietários particulares.

Uma delas é o Programa Bioclima Paraná, do Governo do Estado. "Vamos mostrar o andamento das nossas ações, que incluem o inventário florestal, o inventário das emissões de Gases de Efeito Estufa, o Pagamento por Serviços Ambientais e outras etapas do Bioclima desenvolvidas com o apoio de todas as coordenadorias da Secretaria do Meio Ambeinte", enumera Caetano de Paula Junior, diretor-geral da Secretaria do Meio Ambiente e coordenador do programa Bioclima Paraná. Ele conta, que um dos focos do programa, em parceria com o GIZ, será a elaboração dos Planos Municipais da Mata Atlântica.

Para a gerente de conservação e biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Daniela Oliveira, a oficina ajudará a articular parcerias e propiciar ao Paraná a indicação de ações iniciais para a implementação do projeto. "Queremos identificar sinergias e contribuir com as lacunas, a partir de projetos já existentes", resumiu Daniela.

O secretário do Meio Ambiente de Guaratuba, Vicente Claudio Variani, ficou satisfeito com a possibilidade dos atores locais serem ouvidos. "Saber o que já está sendo feito no Paraná e fortalecer estas ações existentes, fará muita diferença na proteção da biodiversidade e no apoio às comunidades locais", ressaltou.

O presidente do Conselho Mosaico Lagamar, Marcio Barragana Fernandes, disse que somar esforços para proteção da Mata Atlântica é uma medida urgente há muito tempo. "Hoje é vital. Precisamos unir todo o esforço, a capacidade técnica e os investimentos necessários em prol de um objetivo que é a proteção das áreas de Lagamar", destacou Barragana.

Instituído em 2006, o Mosaico Lagamar é composto por mais de 40 unidades de conservação, que se estendem desde Peruíbe, em São Paulo, até a cidade de Guaratuba no Paraná. O objetivo do Mosaico é a gestão integrada e participativa deste território, fortalecendo as áreas protegidas e as comunidades da região.

Participam da oficina "Biodiversidade e Mudanças Climáticas na Mata Atlântica", o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Ambiental do Paraná, Guilherme Vasconcellos; gerentes de Unidades de Conservação do Litoral; o superintendente do Ibama no Paraná, Jorge Augusto Callado Afonso; representantes da Embrapa, Emater, SPVS, Ademadan, Serviço Florestal Brasileiro, Fundação O Boticário, representantes da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba, APA de Guaratuba, representantes do Instituto de Terras Cartografias e Geociências (ITCG), Instituto das Águas do Paraná, Defesa Civil, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Associação Mar Brasil, Associações de Agricultores Familiares, de comunidades indígenas, do Parque Nacional de Superagui, do Batalhão de Polícia Ambiental, da Ong Mater Natura, Observatório do Clima, coordenadores e técnicos da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná.

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