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Paraná poderá ter Unidade de Conservação para macaco mono-carvoeiro

Agência de Notícias do Paraná - http://www.aen.pr.gov.br/
11 de Mar de 2016

O macaco mono-carvoeiro, maior primata da América do Sul e criticamente ameaçado de extinção, poderá ganhar unidades de conservação para ajudar a proteger a espécie que habita algumas regiões do Paraná. A proposta foi discutida nesta sexta-feira (11) entre técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Instituto Ambiental do Paraná, Instituto Lactec e Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza.

"A iniciativa é viável de acontecer, pois argumentos técnicos não faltam, mas ainda é importante avaliar qual a abrangência e a categoria de unidade que melhor se adapte a essa necessidade e que não crie conflitos que aumentem ainda mais o risco para essa espécie, já tão fragilizada", destacou o secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Ricardo Soavinski.

VALE DA RIBEIRA - A Fundação Grupo Boticário financia um projeto do Instituto Lactec de estudo da população de mono- carvoeiro na região do Vale da Ribeira. Um dos resultados da pesquisa mostra que atualmente existem 32 indivíduos distribuídos numa área de aproximadamente 5.224 hectares, entre os municípios de Castro e de Campo Largo.

No Paraná, a espécie foi registrada em 2002, durante a implantação das linhas de transmissão da Copel. "Outra população dessa espécie vive perto da região do Vale da Ribeira, mas ainda não temos estudos aprofundados sobre ela", disse pesquisador da Divisão de Meio Ambiente do Instituto Lactec Robson Odel.

Para Soavinski, existem alternativas de criação de unidades que compatibilizam a proteção da espécie com o uso da área, como as Reservas Particulares e mesmo a criação de Refúgios de Vida Silvestre. "Ainda precisa de avaliação mais aprofundada, mas essas são categorias que preservam as áreas de matas nativas já usadas por esses animais sem a necessidade de desapropriações, evitando os conflitos" disse.

O pesquisador do Lactec afirma que tem boas parcerias com os proprietários de áreas da região de abrangência do projeto. "Em geral todos são muito receptivos ao projeto e estão ajudando a manter os monos-carvoeiros. O que a unidade de conservação trará é uma garantia e um compromisso mais efetivo para a sobrevivência dessa população e até para sua ampliação", destacou Odel.

A área natural da espécie é a Mata Atlântica, do sul da Bahia ao Norte do Paraná. O desmatamento com a perda da biodiversidade e a caça são as maiores ameaças à sobrevivência da espécies.

http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=88233

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