Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
05 de Fev de 2004
Fazendeiros denunciam a presença de brancos e índios paraguaios entre os invasores das 14 fazendas no extremo sul de Mato Grosso do Sul. E exigem que as autoridades brasileiras expulsem os estrangeiros. "Queremos o Estado presente na área de conflito, defendendo a soberania nacional", disse o diretor da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), Aristóteles Ferreira Júnior.
O presidente da organização não governamental Recovê (estar com você, em tupi-garani), formada por produtores, Valfrido Medeiros Chaves, disse hoje que entre os mais de 3 mil índios que tomaram as 14 fazendas há pelo menos 800 paraguaios. "Conheço testemunhas que viram até policial militar de cara pintada no meio dos invasores e agindo como os índios. Portanto, além da invasão de estrangeiros, temos também brancos na confusão", afirmou, acrescentando que "estão depredando tudo".
Chaves, que chegou terça-feira do local, disse não haver a menor movimentação de índios deixando as áreas invadidas, como prometeram e assinaram acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai). "Os índios estão todos lá, da mesma forma. Se pelo menos uma família de invasor deixou imóveis invadidos, nenhum fazendeiro está sabendo. Eu que estou sempre na região não sei disso". O diretor da Famasul lembrou que no dia 7 acontecerá em Iguatemi "uma das maiores senão a maior concentração de fazendeiros, num protesto contra as invasões.
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