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Parabólicas

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
23 de Abr de 2004

Fossem da Raposa/Serra do Sol os índios que trucidaram os 29 garimpeiros, e se os poderosos tuxauas locais decidissem não dar satisfação ao governo brasileiro sobre a tragédia, bastaria que ordenassem aos índios autores do massacre, que atravessam a fronteira rumo à Guiana ou Venezuela. Num daqueles países estariam igualmente dentro de uma reserva indígena, e livres por isso mesmo, de serem alcançados pelas leis do Brasil.
Da mesma forma, se esses indígenas resolverem brigar entre si, por causa de territórios ricos em ouro e diamante -na Raposa/Serra do Sol, existem vários garimpos-, quase nada poderia ser feito pelo governo brasileiro, se eles andarem poucos metros e atravessarem a linha de fronteira. E como disse na terça-feira o bispo de Ji-Paraná, D. Antônio Passamai, em qualquer parte do mundo e fase da história, os homens -sem distinção de credo e etnia-, sempre lutaram por ouro e diamante.
Esta consideração é feita a propósito da iminente homologação, pelo presidente Lula da Silva (PT), da demarcação da Reserva Indígena Raposa/Serra do Sol. A tragédia do garimpo de Rondônia não pode ser ignorada neste momento decisivo, que vai muito além de simplesmente atender a alguns poucos milhares de índios, para influenciar diretamente no futuro imediato do país e de sua soberania sobre um imenso território, que já ultrapassa os dez milhões de hectares.

APARECENDO
Milhares de fotografias dos índios Yanomâmi, tiradas pela fotógrafa suíça Cláudia Andujar, nos anos 80 e 90 do Século passado, começam a dar frutos. Uma exposição de 42 dessas fotografias (28 preto e branco e 14 em cores), que já ficou vários meses exposta em Paris, ano passado, acaba de chegar ao Brasil. A mostra está exposta agora no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.

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