FSP, Cotidiano, p. C6
31 de Out de 2014
Para Haddad, plano contra crise da água é limitado
Prefeito defende administrar demanda
DE SÃO PAULO
Apesar de se declarar "leigo", o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), disse em entrevista à "TV Folha", nesta quinta (30), que administraria a crise no abastecimento de água no Estado de forma diferente.
"Sem nenhum tipo de partidarismo, eu atuaria não só no plano de oferta de água mas também do lado da demanda. E teria feito isso há mais tempo", disse.
Segundo ele, a estratégia adotada pela Sabesp, empresa estadual de saneamento, "é cuidar dos investimentos, de obras de emergência e esperar a chuva chegar, sem tratar da demanda, que, com exceção do bônus, está livre".
Em encontro ocorrido nesta quinta, a estatal reiterou a prefeitos que deve operar apenas no campo da oferta de água, sem promover ações de restrição da demanda.
Haddad disse ter um plano de abastecimento emergencial de hospitais, creches e escolas, mas esclareceu que o fornecimento de água é, por contrato, atribuição da Sabesp e do governo do Estado.
"A prefeitura não tem reserva de água. Ela depende do planejamento da Sabesp."
Nesta quinta, o nível dos reservatórios do sistema Cantareira estava em 12,6% da sua capacidade.
Esse índice inclui a segunda cota do "volume morto" (água das represas que, por ficar abaixo do ponto de captação, precisa ser puxada por bombas). Desde sexta (24), essa reserva é somada aos registros do principal responsável pelo abastecimento na Grande São Paulo.
NA INTERNET
Veja a entrevista
folha.com/no1541066
FSP,31/10/2014, Cotidiano, p. C6
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/193354-para-haddad-plano-con…
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