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Países do G8 fazem pouco sobre clima

O Globo, Ciência, p. 36
04 de Jul de 2008

Países do G8 fazem pouco sobre clima
Americanos são os menos comprometidos com medidas contra CO2

Entre os países do G8, o Reino Unido é o mais atuante na luta contra as mudanças climáticas. É o que revela um estudo que analisou o desempenho dos países do G8 - que se reúnem semana que vem no Japão - em relação ao aquecimento global.
Os Estados Unidos, os maiores poluidores do planeta, ficaram em último lugar, ao lado do Canadá.
Todos os membros do G8 estão longe das metas de redução de gases do efeito estufa, estabelecidas pelo Protocolo de Kioto, garante o estudo.
Encomendado pela ONG WWF, o estudo analisou também o desempenho de Brasil, China e Índia, mas sem classificá-los. O Brasil é elogiado pelo uso de energia hidroelétrica e biocombustíveis. Porém, o estudo lembra as altas taxas de desmatamento e frisa que as queimadas na Amazônia colocam o país entre os quatro maiores emissores de CO2.
- O estudo faz uma análise mais informativa do que qualitativa do Brasil - explica Carlos Alberto de Mattos Scaramuzza, superintendente do WWF-Brasil. - Em relação ao desmatamento, foram usados dados referentes ao período de 2004, quando a sua curva era descendente. Mesmo assim, o relatório alerta que se trata de uma área sensível, sujeita a aumentos repentinos. Fato comprovado por dados recentemente divulgados, que mostraram um aumento significativo no desmatamento da Floresta Amazônica.
O relatório usou nove indicadores para fazer a classificação dos países do G8, entre eles, o histórico de emissões. Foram avaliados também dados referentes à eficiência energética, desenvolvimento de mercados de carbono e o uso de energia renováveis. O Reino Unido se saiu melhor na avaliação por causa de inovadoras políticas em relação às mudanças climáticas. Já os EUA ficaram em último porque, segundo o estudo, têm o nível mais elevado de emissões per capita do planeta.
A divulgação do relatório se dá pouco antes do encontro anual do G8, em Hokkaido, Japão. Nele, as mudanças climáticas devem ter um papel de destaque. Os países europeus deverão pressionar para que os demais aceitem se comprometer com metas obrigatórias de redução de gases do efeito estufa de 80% até 2050.

O Globo, 04/07/2008, Ciência, p. 36

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