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País ainda recorre a termelétricas mais caras

O Globo, Economia, p. 25
27 de Jan de 2016

País ainda recorre a termelétricas mais caras
Isso justificou a manutenção da cobrança da bandeira vermelha

- BRASÍLIA- André Pepitone, diretor da Aneel que relatou o tema da mudança nas bandeiras, apontou que projeções para o cenário a partir de março dependem da decisão do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico ( CMSE), que se reúne na próxima semana, sobre a necessidade de acionamento de usinas térmicas. Atualmente, a recomendação é acionar todas as térmicas com custo de até R$ 610 por MWh, daí a indicação da bandeira vermelha. Para Pepitone, só a decisão do CMSE sobre redução do uso das térmicas indicará a possibilidade de se migrar para a bandeira amarela.
- O que leva à cor da bandeira é o cenário de usinas térmicas. Num primeiro momento de 2015, embora o período de chuvas termine em abril, o cenário hidrológico começa a dar acenos de que está muito mais favorável do que percebemos desde 2010. Isso nos dá segurança de reduzir o valor da bandeira vermelha. Entretanto, a cor ainda é vermelha porque térmicas até R$ 610 estão sendo despachadas.
Segundo Tiago Correia, diretor da Aneel, ainda há sinal de preocupação no Nordeste:
- Apesar da melhora, haverá ainda a bandeira vermelha, que se justifica pelo estoque de energia armazenada nas hidrelétricas. No Nordeste, ainda está em 30% da média.
Eventualmente, ao longo de 2016, será possível alcançar a normalidade. Pepitone reconheceu que o impacto da redução da bandeira tarifária na conta de luz pode ser pequeno.
As bandeiras permaneceram no patamar vermelho durante todo o ano de 2015 indicando custos maiores de geração de energia. A partir de agosto, porém, o valor arrecadado passou a gerar um excedente financeiro para as distribuidoras. Até novembro, último valor apurado, esse saldo já era de R$ 1 bilhão, um valor cobrado nas tarifas além do necessário para gerar térmicas e pagar outros custos da falta de água nos reservatórios das hidrelétricas.
- A bandeira foi importante porque deu uma sinalização econômica ao consumidor de que a energia consumida era cara. Foi bom do ponto de vista econômico e do ponto de vista didático - disse Reive de Barros, diretor da Aneel. ( Danilo Fariello)

O Globo, 27/01/2016, Economia, p. 25

http://oglobo.globo.com/economia/bandeira-vermelha-cai-de-450-para-300-…

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