Pais afirmam que corpo é de professor indígena desaparecido

Bernardo Vera e Francisca Gonçalves, pais do professor indígena Genivaldo Vera, que estava desaparecido juntamente com o primo Rolindo Vera, reconheceram o filho através de fotografias mostradas pela Polícia Civil de Paranhos.

O casal se emocionou ao ver as imagens e disseram ter certeza que tratava-se do corpo do filho. Apesar da confirmação, a polícia ainda aguarda o resultado dos exames técnicos de identificação do corpo, que será emitido pelo Instituto Médico Legal (IML), de Campo Grande.
Os professores desapareceram no dia 31 de outubro, quando teria ocorrido um conflito envolvendo indígenas e seguranças de Fazendas da região.

A convocação da família para o reconhecimento fotográfico ocorreu um dia depois de sair o resultado da análise das digitais. Na segunda-feira as amostras foram periciadas, mas o resultado ainda não foi revelado, garante a Polícia Federal de Naviraí, que também investiga o caso.

Segundo o delegado Valter Guelssi, que responde pela Polícia Civil de Paranhos, pelo menos 15 indígenas da aldeia Pirajuí prestarão depoimento na delegacia local durante toda a semana.

Na manhã de ontem, o delegado, com autorização do capitão da Aldeia Pirajui, começou a ouvir a declaração de vários indígenas, com o objetivo de esclarecer o desaparecimento dos professores. Entre os índios ouvidos pela polícia estão parentes e amigos.

A Polícia Civil de Paranhos, liderada pelo delegado Valter Guelssi, vem investigando o sumiço dos professores indígenas, Genivaldo e Rolindo Vera, já há vários dias.
O CORPO

A Polícia Civil encontrou o cadáver, no sábado, enroscado num galho de árvore, no córrego Ypoi, que fica distante 30 quilômetros de Paranhos.

Participam ainda das buscas e das investigações, a Polícia Federal, Exército Brasileiro do 17 Regimento de Cavalaria Mecanizada, Corpo de Bombeiros e Policia Militar. (com informações Jaime Mel)