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Pacaraima pode ter confronto armado

Brasil Norte-Boa Vista-RR
19 de Nov de 2003

Desde sábado os moradores de Pacaraima estão vivendo em clima de tensão e medo. Eles temem que a qualquer hora possa haver um conflito entre moradores, comerciantes e os indígenas da reserva indígena São Marcos depois da noticia que o Ministério Público Federal pediu a desocupação de 100 estabelecimentos comerciais no município, alegando que "Pacaraima está integralmente situada dentro da terra indígena de São Marcos - área demarcada e homologada" . A Funai - Fundação Nacional do Índio -, Ministério Público Federal e a União, querem que 100 estabelecimentos comerciais no município de Pacaraima - fronteira com a Venezuela -, sejam desocupados num prazo de 30 dias. Para isso, eles entraram com Ações Civis Públicas individuais na Justiça Federal.

Polícia
O delegado da Policia Civil de Pacaraima, Paulo Roberto Azevedo disse que no sábado houve uma reunião no ginásio do município, onde os comerciantes e os moradores decidiram fazer uma manifestação hoje.
"Os ânimos estão acirrados e nós reforçamos o policiamento nas ruas, as viaturas estão circulando por toda cidade a fim de evitar qualquer problema já que os indígenas também fazem compras no comercio local", disse ele.

O delegado disse que na segunda-feira foi realizada uma reunião com os representantes das Polícias Civil e Militar, Receita Federal e Exército, para troca de informação e ficou decidido que cada setor passaria para sua chefia em Boa Vista, a preocupação que está tomando conta dos moradores e o clima tenso que vive Pacaraima.

"Estamos tomando providências para a prevenção de qualquer tipo de enfrentamento das partes comerciantes, moradores e comunidades indígenas", disse Paulo Roberto.
A preocupação das autoridades aumenta porque toda sexta-feira, muitos indígenas levam seus produtos para serem vendidos na Feira do Produtor, que fica na sede de Pacaraima, e eles temem que possa haver algum tipo de represálias.

ACIR
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Pacaraima (ACIR) , Severo Boseti, disse que no sábado houve uma Assembléia Geral da Associação Comercial com quase 300 empresários para que eles pudessem conversa sobre a ação e verificar o que se tem de concreto, o que a Funai, o MPF e a União estão pleiteando. " Nós acreditamos no bom senso da Justiça, e ninguém precisa entrar em pânico, porque ninguém ainda foi citado, ainda estamos tomando pé do que está acontecendo", ressaltou ele

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