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PAC Funasa quer atacar mortalidade infantil, malária e doença de Chagas

Radiobrás
Autor: Alessandra Bastos
19 de Set de 2007

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lança hoje (19) o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O PAC Funasa quer levar água tratada e coleta de esgoto a cerca de 15 milhões de famílias em 1.107 municípios.

Os municípios com até 50 mil habitantes, com maior índice de mortalidade infantil e casos de malária e doença de Chagas, comunidades quilombolas e indígenas serão o foco da ação.

O presidente da Funasa, Danilo Forte, espera "fazer o link " da política de saneamento com a questão de saúde. "Temos como missão institucional levar saneamento às populações mais vulneráveis. Populações estas que estão mais próximas de contaminação por veiculação hídrica", diz

As ações do PAC Funasa serão implementadas de 2007 a 2010, com recursos de R$ 1 bilhão por ano, totalizando R$ 4 bilhões.

Os 200 municípios com maior índice de mortalidade infantil já foram escolhidos. Em 500 municípios com habitações que favorecem a proliferação da doença da Chagas, R$ 180 milhões vão ser usados na reconstrução de 21,5 mil moradias, principalmente nos estados de Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul. Na região amazônica, os 30 municípios que mais sofrem com a malária receberão R$ 120 milhões para implantação de ações de manejo ambiental e drenagem urbana.

O engenheiro civil, responsável pela área de saneamento da Confederação Nacional de Municípios, Adalberto Joaquim Mendes, conta que investir em saneamento significa poupar dinheiro na saúde. "Em cada dólar aplicado em saneamento, você deixa de gastar cinco dólares na medicina curativa. Se você tem como conseqüência saúde pública, vai ter a produtividade do trabalhador maior também".

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2006, mostra que um terço dos domicílios brasileiros não tinham qualquer tipo de tratamento de esgoto até o ano passado.

O ministro das Cidades, Márcio Fortes, afirmou, ao comentar a pesquisa, que o "esgoto a céu aberto é sinônimo de doença para a criançada e para quem anda de pé descalço. E também, fonte de poluição para os mananciais, sejam rios, lagoas ou baías".

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