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Os povos da floresta estão em Manaus

Amazonas em tempo-Manaus-AM
04 de Jul de 2002

Os povos da florestas reúnem-se, a partir de hoje até o dia 6, em Manaus, no Centro de Treinamento Maromba, para elaborar um documento para Rio+10, com propostas inovadoras de como trazer o discurso e a tecnologia da sustentabilidade para a Amazônia. O documento será impresso em quatro idiomas e distribuído durante a Conferência da Rio+10. O clima é de otimismo. A não adesão americana ao Protocolo de Kyoto e a tentativa de Washington em reduzir a importância do evento Rio+10 no cenário mundial foi mais um estímulo para seringueiros, pescadores, quilombolas, quebradoras de coco, trabalhadores rurais e indígenas da floresta amazônica.

O encontro é uma produção da maior rede de ongs, sindicatos e entidades civis da Amazônia, Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e tem a finalidade de levar as demandas da sociedade civil organizada até a Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, prevista para acontecer em agosto em Joannesburgo. A Cúpula marca dez anos da realização da Rio 92, onde acordos para salvar o planeta da degradação ambiental e social foram firmados entre 179 países participantes.

No encontro de Manaus, serão avaliados os avanços desde a Rio 92 e as estratégias para aliar desenvolvimento com a proteção da floresta, nos próximos anos. Temas como biopirataria, redução da pobreza, agenda 21, padrões de consumo, mecanismo de desenvolvimento limpo, alternativas energéticas, sistemas agroflorestais nortearão a discussão dos participantes.

O GTA nasceu com a Rio 92 devido as dificuldades dos povos da floresta em participar das decisões destinadas para região. Hoje, a Rede conta com 16 escritórios regionais distribuídos nos 5 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia Legal. O encontro que começa hoje em Manaus acontece em um momento oportuno em que os candidatos ao Governo do Estado procuram "ouvir as bases" para construir um programa com que possam resolver os problemas estaduais, que não são poucos. As bases estão falando. Quem vai ouvi-las?

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