VOLTAR

Os Apolima-Arara pedem fiscalização contra roubo de madeira em sua terra no Acre

Cimi - www.cimi.org.br
13 de Nov de 2008

Informe no. 842

Os Apolima-Arara denunciaram ao Ministério Público Federal (MPF) a retirada de madeira de sua terra, no município de Marechal Thaumaturgo, no Acre. A área depredada fica numa pequena parcela da Reserva Extrativista do Alto Juruá (Resex) que, após estudos, foi considerada parte da terra tradicional dos Apolima.

Segundo os indígenas, o roubo de madeira - além da pesca e da caça predatória - aumentou depois de 15 de outubro de 2008, quando foi publicado no Diário Oficial o relatório que definiu os limites da terra indígena (21.720 hectares). Os moradores da Resex estariam participando dessas atividades ilegais.

Oficialmente, até agora, nenhum órgão ou pessoa contestou os limites publicados no relatório. Entretanto, moradores e a entidade que organiza a Resex fizeram diversas reuniões no último mês para discutir como questionar a inclusão de parte da Resex na área que deve ser demarcada como terra indígena. Famílias estariam sendo incentivadas a ocupar esta parte da Resex.

Amanhã (14/11), o coordenador do Cimi no Acre, Lindomar Padilha, o administrador da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Rio Branco, Antônio Apurinã, se reunirão com o procurador Anselmo, do MPF. Eles querem que o MPF solicite uma ação de fiscalização da Polícia Federal (PF) na área até 14 de janeiro, quando termina o prazo para contestações ao relatório de identificação.

O cacique Francisco Siqueira, do povo Apolima, informou que eles estão tranqüilos e não vão reagir às ações de depredação ambiental. Preferem esperar a fiscalização da PF. Desde 1999, eles reivindicam a identificação da terra, onde, atualmente, vivem cerca de 180 famílias do povo.

(informações Lindomar Padillha)

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.