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Organizadora de movimento vê índios atentos à sua cultura

Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
22 de Abr de 2003

Uma das principais organizadoras do movimento de revitalização cultural entre o povo umutina, a professora Maria Alice Cupodunepá é voz dissonante entre os que acreditam ser inevitável a extinção do língua umutina. Segundo ela, hoje há jovens interessados em aprender o idioma.

"O povo hoje está muito mais interessado na cultura do que no passado. É uma questão de identidade", relata a professora, que lançou em dezembro do ano passado o livro "Arte Indígena Umutina", com textos e ilustrações sobre o artesanato tradicional.

Ela conta que a situação faz com que os outros povos depreciassem os umutina, como se o fato de não falar a língua materna os fizesse menos índios. "Não é com certeza um trabalho fácil, mas a gente tem a esperança que a língua não morra, da mesma forma que as danças não morreram".

Filha de índios Krenak (de Minas Gerais), esposa de umutina "legítimo", a professora explica que todo o preconceito existente em relação ao grupo tem origem no desconhecimento de seu passado. "Existe uma história de opressão por trás da dificuldade atual. Durante os período da SPI, a língua, os cânticos e as danças foram proibidos e os umutina tiveram de se calar. Hoje, esse trauma está passando".

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